MINHAS HISTÓRIAS DOS OUTROS

Resenha por João de Carvalho

Título: MINHAS HISTÓRIAS DOS OUTROS

Autor: Zuenir Ventura

Editora: Planeta

Ano: 2005

Páginas: 270

Apreciação: 5/5

 Resenha:

  

Zuenir Ventura nascido em 1931, hoje com 85 anos, foi destacado para escrever sobre o grande escritor argelino Albert Camus. Foi um sucesso. Sua vida literária deslanchou. Hoje é um dos imortais da Academia Brasileira de Letras, sucedendo ao inesquecível Ariano Suassuna em sua cadeira literária.

Destacou-se também como jornalista, cobrindo grandes fatos e homens de grande poder político, como Nikita Kruchev, General De Gaule, John Kennedy. Quase todos os episódios mundiais, a partir dos anos 1950, tiveram sua cobertura jornalística. Sua obra literária é vasta e muito lida.

Destaco, para comentário, seu livro, um dos mais recentes, intitulado: “Minhas Histórias dos Outros”, considerada uma “ALTERbiografia”, ou seja, biografia dos OUTROS. São conteúdos de episódios vividos por ele, quase como um acerto de contas com sua memória.

Livro único e envolvente. Linguagem fácil, corrente e correta. Contém vários fatos e personagens históricos diferentes. Como grande cronista e jornalista sabe comunicar com facilidade: quem e o que lhe interessa. Eis, a ordem dos assuntos deste inteligente livro:

“1- Uma faculdade de bambas; 2- Como se pega um vírus; 3- Paris, onde tudo aconteceu; 4- Glauber em três tempos; 5- Perdão para todos; 6- O mártir da abertura política; 7- Um verão colorido; 8- A chegada da peste; 9- Bumbum e carteira do PCB; 10- Se meu gravador falasse; 11- Enfim, as pazes; 12- Um suicídio mal contado; 13- Notícias de uma guerra civil; 14- Saga de uma testemunha, etc”.

O que mais me atraiu foi a linguagem usada na exposição do livro. Muito fácil, bonita, articulada e coerente, em capítulos curtos, bem escolhidos os assuntos, e os fatos narrados com classe e beleza, valendo-lhe vários prêmios literários.

Atualmente é colunista do jornal “O Globo”. “Não viemos a Terra para julgar, nem para prender ou condenar, viemos para olhar e depois contar”, escreveu o autor.

Recomendo o livro aos leitores adultos, que gostam de rever a história do país, a partir dos anos 50, com boas e memoráveis entrevistas jornalísticas. É um testemunho da história.

Boa Leitura!