terça-feira, 14 de junho de 2016

O DESATINO DA RAPAZIADA

Resenha por João de Carvalho

Título:  O Desatino da Rapaziada
Autor:  Humberto Werneck
Editora: Companhia das Letras
Ano de Publicação: 1992
Páginas: 232 
Apreciação:  5/5
Resenha: 

HÁ DUAS profundas fontes do conhecimento moderno: a literatura e o jornalismo. Aquela é a arte da bela expressão verbal. Toda literatura é a visão do mundo, coada através do autor. Este é a arte de apreciação dos acontecimentos. A arte é a expressão do belo. Belo é aquilo que agrada à vista.

Pois bem, o livro, em apreciação foi lançado em 1992 pelo jornalista e escritor Humberto Werneck, que conta a história do jornalismo e do contexto cultural e literário de Minas Gerais.

A figura central e mais prestigiada é a do poeta Carlos Drummond de Andrade, seguido por Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Rezende, Paulo Mendes Campos e outros.

Em dezenove capítulos, Werneck mostra os bastidores da imprensa mineira. É uma história de personagens reais.

Isso aconteceu na infância da capital mineira, Belo Horizonte. Vários locais serviram de encontro da rapaziada, jovens escritores e jornalistas, como Minas Tênis Clube, Viaduto Santa Teresa, Bar do Ponto, Pampulha, etc. Estes jovens escritores e jornalistas treinaram suas habilidades em Belo Horizonte, e depois saíram para centros maiores como São Paulo e Rio de Janeiro. Tudo isso é focalizado na análise do escritor Werneck.

No fundo, no cerne da questão, o livro mostra que o jornalismo e a literatura podem andar juntos.

Os jornais da época davam mais espaço aos escritores. Haja à vista, o lançamento e a execução do Suplemento Literário, do Diário de Minas, da Revista Verde e da Revista Eléctrica.

O mitológico “Bar do Ponto”, inaugurado em 1907, na Avenida Afonso Pena, era o melhor e o mais expressivo lugar de encontro desta rapaziada intelectual da época, na jovem capital mineira.

Em suma, “O Diário de Minas se tornou um importante ícone desta história literária e jornalista mineira entre as décadas de 1920/1970”, escreveu Débora Assis.

O presente livro, em comentário sucinto, é destinado especialmente a jornalistas e escritores, como autêntica fonte do conhecimento.

Boa leitura! 

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