sábado, 2 de junho de 2018

AMAR, VERBO INTRANSITIVO


Resenha por João de Carvalho

Título: Amar, Verbo Intransitivo
Autor: Mário Raul de Morais Andrade
Editora: Via Leitura
Ano 1ª publicação: 1927
Página: 128

Apreciação:   4/5

Resenha:

Mário Raul de Morais Andrade (1893-1945), paulista de nascimento, tornou-se professor e folclorista, musicista, escritor, intelectual, escreveu poesia, ficção, crítica de letras e artes. Tornou-se notável pela organização da Semana de Arte Moderna, em 1922. Literariamente se destaca com a poesia “Pauliceia Desvairada”. Em 1928 publicou “Macunaima” um de seus melhores livros.

Queremos destacar seu romance Modernista intitulado “Amar, Verbo Intransitivo”, cujo enredo pode ser assim descrito, genericamente: Conta a história de um adolescente com a orientação de uma mulher madura, uma alemã instrutora contratada pelo pai do jovem superrecatado. A maior parte da narração se dá na casa de Carlos.

Os personagens principais são: Felisberto Souza Costa, o pai. Dona Laura, a esposa. Carlos Alberto, o filho. Elza Fraulein, a instrutora contratada. Aldina e Maria Luíza, irmãs de Carlos. Tanaka, a criada. O sexo foi sempre um “tabu”, cuja definição é: Aquilo que é proibido de ser violado. Trata-se de um termo polinésio usado para designar todo objeto que, nas culturas totêmicas, é protegido pela interdição.

O Autor, ao descrever o trabalho de iniciação de Carlos, sobre sexualidade, pela Fraulein, retrata a inexperiência do filho e da calculista e desinibida professora.

A “ambiguidade” é uma característica reconhecida até pelo título do livro. Hoje, o assunto já se tornou comum, mas naquela época marcava de modo muito forte o comportamento social da vida familiar.

Este livro é uma obra da primeira fase do Modernismo. É um romance ousado, que marcou época, cujo conteúdo a sociedade admitia, mas não discutia claramente como soe acontecer hoje.

Vale esclarecer que o verbo amar é transitivo! O Autor traduz, assim, a ideia do Pai de Carlos de que “o ato de amar pode ser praticado independentemente de haver um objeto do amor”.

Leitura agradável para quem gosta deste gênero literário, ambientado por este tema.


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