ESPUMAS FLUTUANTES

      Resenha por João de Carvalho

Título: Espumas Flutuantes

Autor: Antônio De Castro Alves

Editora: L&PM

Ano: 2002

Páginas: 148

Apreciação: 5/5

Resenha :

Antônio de Castro Alves, nascido em Muritiba (Bahia) 1947- falecido em Salvador, 1871. Aos sete anos entrou para o “Ginásio Baiano”. Seu pai foi médico e sua mãe um talento musical. Aos treze anos frequentava os saraus literários. Empreendeu o curso jurídico. Em São Paulo tornou-se um paladino das ideias liberais. Militou no jornal e no palco, semeando seus versos, fazendo o público delirar. Infelizmente, numa caçada, disparou-lhe a arma no pé. O ferimento agravou entrando, mutilado, em profundo desconsolo. Volta à terra natal, sobrevem-lhe a tuberculose e morre aos 24 anos.

 “Espumas Flutuantes” é uma forma de poesia romântica nacional, própria da terceira geração. A produção literária de Castro Alves alçou-se tão alto que é prefigurada no condor; daí atribuir-lhe o epíteto de “Poeta condoreiro”. Seus mais destacados poemas refletiam a situação econômico-política da época concretizados em “Navio Negreiro” e “Vozes d’África”.

 Sua primeira obra lírica é “Espumas Flutuantes” composta por 54 poesias mui variadas e expressivas de agitada e sensível vida juvenil. Data de 1870. Lendo-as tive a sensação de que o autor se expressava em forma de despedida, especialmente na poesia  “Mocidade e Morte”.

Outros títulos chamam muito a atenção do leitor como: O laço de fita, Os anjos da meia noite, Onde estás, As duas flores, Dalila, A Luís, A uma atriz (Eugênia de Castro), Hino ao sono, Canção do boêmio e Quando eu morrer.

Foi um poeta predileto dos moços. É considerado geralmente o maior poeta do Brasil. Sua linguagem poderia qualificá-lo modernamente como um “poeta atômico”. 

Recomendo a leitura do livro.