sábado, 25 de fevereiro de 2017

CRIME E CASTIGO

Resenha por João de Carvalho

Título: Crime e Castigo
Autor: Fiódor M.Dostoievski
Ano de publicação: 1866
Editora: Martin Claret
Páginas: 591

Apreciação: 5/5

Resenha:

Fiódor M. Dostoievski (1821-1881) viveu 60 anos apenas. Foi um dos mais notáveis escritores russos. Um dos maiores intérpretes da alma soviética. O cortejo de seu enterro teve a extensão de um quilômetro até o Mosteiro Alexsandre Niívski.

O romance Crime e Castigo é altamente dramático. Já foi dramatizado nos palcos e filmado várias vezes. A obra sobrevive, quase como um milagre. O pai foi médico e ele engenheiro. Ser escritor pertencia ao círculo de subversivos. Condenado à morte teve a comutação da pena para dez anos de trabalhos forçados na Sibéria. Indultado volta da Sibéria, como soldado raso. Posteriormente vai para São Petersburgo, onde se dedica a escrever. Começa a atividade literária com “Crime e Castigo” em 1866. Tornando-se viciado no jogo de azar perdeu tudo.

Enredo do livro: “Raskptuikpov, em dificuldade financeira, quer salvar sua mãe Pulkheria e sua irmã Audotia. Para tanto assassina a usurária Aliona Ivanovna (agiota) mulher velha, feia, avarenta, inútil e nociva. Roubá-la e ajudar a própria mãe e irmã e começar nova vida. Aparece na cena a irmã da vítima Lisaveta. Então, mata-a também. Pega o dinheiro e foge! Arrependido se confessa ao comissário de polícia. Apresenta-se espontaneamente. É condenado à Sibéria e, vai acompanhado de Sônia (com a qual lê o evangelho).

É um romance policial? Talvez não, mas trata-se de um crime, com elementos de romance gótico e de romance-folhetim, escrito por necessidade de dinheiro para ajudar mãe/irmã e salvar esta do casamento com o desprezível Luchin e, depois das garras do debochado  Svidrigailov. 

“Cheio de boas intenções, mas com os bolsos vazios, um estudante resolve matar uma velha inútil e nociva (porque usurária) para corrigir as coisas, ou seja, a sua própria vida de maneira particular, e o mundo, em geral. Todas as motivações  como os planos do crime são perfeitos, nada pode falhar, mas tudo termina em fracasso: o crime é cometido primariamente e a consciência do rapaz transforma-se num verdugo mais severo do que a polícia” (Otto Maria Carpeaux, em As Obras-Primas que Poucos Leram).

É um dos maiores romances russos, Crime e Castigo (1866), que pôde ser realizado porque a pena do autor foi comutada, quase na hora de seu fuzilamento.

Sua Leitura é um privilégio para um leitor consciente e inteligente.
Recomendo-o!

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