terça-feira, 13 de setembro de 2022

A MULHER DE TRINTA ANOS

Resenha por João de Carvalho



Título: A Mulher de Trinta Anos

Autor: Honoré de Balzac

Editora: L & PM Pocket

Edição: 1ª, 1998

Ano: 2013, Edição atual

Páginas: 207

Pontuação: 5/5

Apreciação:

 

Honoré de Balzac, 1799-1850, autor da grande e famosa obra literária chamada “Comédia Humana”, na qual se enquadram 89 romances que pintaram um verdadeiro retrato da sociedade francesa, na época da Monarquia e do Consulado da França. Fazem parte de sua genial obra títulos como estes: A Prima Bette, O Primo Pons, O Pai Gariot, o Lírio do Vale, Cenas da Vida Privada, Cenas da Vida Parisiense, Cenas da Vida Política, Cenas da Vida Militar e muitos outros.

 

Soube este autor captar o espírito inquieto e romântico francês do século XIX. Na sua morte, o grande escritor Victor Hugo fez sua homenagem com estas relevantes e admiráveis palavras: “Os grandes homens executam seu próprio pedestal; o futuro encarrega-se da Estátua”. Outro notável escritor que participou de seu sepultamento foi Alexandre Dumas. Foi sepultado no Panteon de Paris. Um gênio que viveu apenas 51 anos.

 

O Livro “A Mulher de Trinta Anos” trouxe até nosso tempo, o uso e conhecimento do termo “balzaquiana”, para indicar as mulheres mais maduras. Neste livro “O autor penetra de maneira ampla e generosa na alma feminina, a ponto de merecer de sua amiga Zulma Carraud as seguintes linhas: Você tem a inteligência do coração das mulheres que nunca foi dada a nenhum outro homem, nunca um homem conseguiu entrar mais fundo na existência delas”, etc.

 

Balzac foi um precursor do feminismo, tão exaltado hoje, muitos anos depois. Duplicou para elas a idade do amor e curou o amor do preconceito da mocidade. Diz a introdução ao livro que: a posteridade lhe regateou uma estátua como seus contemporâneos lhe regatearam o talento!

 

A Mulher de Trinta Anos apresenta nesta bela edição os seguintes dados subtitulares: I – Primeiras falas; II – Sofrimentos desconhecidos; III – Aos trinta anos; IV – O dedo de Deus; V – Os dois encontros; VI – A velhice de uma mãe culpada.

 

Julie, a protagonista casa-se muito cedo, muito jovem, com um Coronel. Foi infeliz no matrimônio e na maternidade... No fim do livro uma objetiva clara e esclarecedora “cronologia” detalhando os anos de todos os fatos que enfoca o Autor em suas obras. É muito elucidativa. “A Comédia Humana” sobreviveu ao próprio autor, exaltou-o para muito além de seu tempo. Nós, hoje, apreciamos muitas de sus obras, que o projetaram no tempo e no espaço. Não tem, entretanto, nenhum busto, nenhuma placa de mármore, assim reclamou Émile Zola, grande escritor francês. A modernidade está resgatando seu valor e importância literária na França de hoje.

 

                        Recomendo a leitura do livro: “A Mulher de Trinta Anos”.


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