segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

MARECHAL RONDON

Resenha por João de Carvalho


Título: Marechal Rondon

Autor: Sebastião Costa Teixeira de Freitas

Editora: Três Ltda.

Edição: 2003

Páginas: 138

Pontuação: 5/5  

Apreciação: 

Cândido Mariano da Silva nasceu aos 05 de Maio de 1865 e faleceu aos 19 de Janeiro de 1958, gozando, portanto de longa vida, ou seja, 93 anos, com grande honra e dignidade. Começou a vida como professor primário e encerrou-a como ilustre e destacado Marechal do nosso exército nacional. É conhecido, sobretudo pelo seu contato com os índios, “respeitando-os, arrancados à voraz exploração dos impiedosos seringueiros, amparados pelo “Serviço” em seu próprio habitat, respeitados em sua liberdade e independência, nas suas instituições religiosas e sociais”, segundo suas próprias palavras. Seu Lema era: “Morrer, se preciso for. Matar nunca”. 

Recebeu em vida dezenas de títulos honoríficos, inclusive de Civilizador do Sertão. Ao seu nome de batismo foi acrescentada a palavra Rondon. Um estado brasileiro tem o nome de Rondônia em sua homenagem. O único brasileiro que intitula um Estado. Isto foi em 1955, quando o Território do Guaporé passou a se chamar: Rondônia. Marechal Rondon escreveu uma obra em três volumes, fartamente ilustrada: “Índios do Brasil”. 

Em 1946 fez contato com os perigosos índios Xavantes, com sucesso, perspicácia e decisiva atenção. Rondon pregou muito a filosofia de Augusto Comte, fundador do Positivismo, seguindo seu lema: ‘O amor por princípio, a ordem por base, o progresso por fim”. 

O livro inicia-se com a Cronologia do Marechal, seguido de “Álbum Fotográfico” e XXI Capítulos curtos, mas densos de informações sobre a vida de Rondon. Termina com “Opiniões Sobre Rondon” na intimidade. Sobre ele opinaram Theodoro Roosevelt (ex-presidente dos Estados Unidos); Paul Claudel, o grande poeta francês, embaixador da França no Brasil; Darcy Ribeiro, notável escritor, político e educador brasileiro. No encerramento do livro, encontramos um trecho do que ele, Rondon, escreveu sobre sua esposa, “encarnação do mais alto ideal de mulher, anjo da guarda do lar, velhinha tem a palidez de uma estrela que desmaia”. Não se esqueceu dos companheiros, uma plêiade brilhante de oficiais e civis, com devotada cooperação de índios que se tornaram amigos dele, fator primacial no êxito da obra que logrou realizar. Guardou a todos no seu coração. 

O Rei Alberto, na Bélgica, estava em visita ao Brasil. Muito impressionado com o livro “Nas Selvas do Brasil” de Roosevelt, onde  teria elogios à bravura de Rondon considerado o Coronel que desbravava os sertões brasileiros, quis conhecer Rondon, e, trouxe da Bélgica “A Comenda da ordem do Rei Leopoldo” e a entregou a Rondon, cativado pela experiência e pelo trabalho do sertanista brasileiro. Rondon agradeceu e lhe ofertou uma rede de “Tucum”, feita pelos índios. 

A mim, como resumidor da vida deste grande patriota e benfeitor dos índios, impressionou-me seu lema que passou à história como a frase de um bravo, capaz de enfrentar à morte para atingir seus ideais: “Morrer, se preciso for. Matar, nunca.” 

Recomendo, com fervor e admiração, a leitura da vida deste grande brasileiro: Marechal Rondon. 



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