terça-feira, 31 de maio de 2022

VÁRIAS HISTÓRIAS

 Resenha por João de Carvalho

Título: Várias Histórias

Autor: Machado de Assis

Editora: Martins Fontes

Edição ano 2004


Páginas: 296

Pontuação: 5/5

Apreciação:

 Machado de Assis (1839-1908), apesar das naturais e difíceis situações da vida, tudo superou para se tornar um dos homens mais conhecidos do Brasil. Intelectual de alta classificação Literária, um verdadeiro monumento da escrita pátria. Ele atingiu sua estatura literária, criando a Academia Brasileira de Letras, sendo seu presidente vitalício. A crítica social foi uma das maiores características deste notável escritor, cujo modelo abraço e procuro seguir, como mestre incomparável. Já li d’Ele: Todos os romances, preferencialmente “Dom Casmurro” e “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, sendo que nesta, profetiza a construção de um “Realismo diferente daquele que surgiu com Flaubert, chegando ao Brasil com os romances de Eça de Queirós”. 

A segunda fase Machadiana é composta pelos romances: “Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, D. Casmurro, Esaú e Jacó, Memorial de Aires que se concentram na falsidade da vida”, segundo Maria Luíza e Marcola Pontara em “Literatura Brasileira” (pág.389). 

Machado de Assis foi um intelectual respeitado e influente. Destacamos, hoje, “Várias Histórias”, em que a Sociedade fluminense está presente entre o Segundo Reinado e a Proclamação da República. 

O Enigma da Condição” está claramente expressa através da análise dos costumes.

Em “O Diplomático” não consegue declarar seu amor a Joaninha.

Em “Cartomante”, há o debate entre o conhecimento racional e o mágico da existência.

No conto “Mariana”, o amor não vingou.

Em “Dona Paula”, aparece o homem contraditório, ambivalente, como acontecia na sociedade Carioca do século XIX.

No “Entre os Santos”, surge o tema da ambiguidade humana, do homem portador de defeitos e qualidades.

Também em “A Causa Secreta” liga-se o amor entre Fortunato e Maria Luísa.

Em “Viver”, há o judeu Ahasverus condenado a viver até o fim dos séculos, etc... 

Enfim, Machado de Assis de forma lúcida, porém lúdica, retrata o enigma da condição humana com humor e ironia. Ao se utilizar dos recursos inesgotáveis do modo de viver humano, o notável escritor não busca corrigir situação alguma, mas problematizá-la com sua consciência cética. 

Machado de Assis escreveu que: “Nos Contos há sempre uma qualidade que os torna superiores aos grandes romances; só uns e outros medíocres, por serem curtos”. Segui nas descrições a análise crítica da Professora do Pitágoras Ângela Souto. 

Recomendo “Várias Histórias” porque elas têm qualidade, leveza, humor e ironia.






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