terça-feira, 5 de abril de 2022

1808

 

Resenha por João de Carvalho

Título: 1808

Autor: Laurentino Gomes

Editora: Globo

Edição ano: 2014

Páginas: 334

Pontuação: 5/5


Apreciação:

Paranaense de Maringá, Brasil, tinha ganhado por seis vezes o Prêmio Jabuti, o escritor deste livro “1808”, sobre a fuga de Dom João VI para o Rio de Janeiro, fugindo do temido guerreiro e grande conquistador “Napoleão Bonaparte”.

Este livro, notável pela descrição histórica de “Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil”, quando as tropas do General invadiram Portugal. Abandonado à própria sorte, Portugal viveria os piores anos de sua história. Enquanto isto Dom João velejava em alto mar, atravessando o Atlântico, com muitas caravelas vigiadas pela valorosa Inglaterra. Napoleão criou a mais poderosa máquina de guerra que o mundo conhecera até então, e conseguiu vitórias devastadoras, contra inimigos muito mais numerosos e poderosos. As guerras Napoleônicas duraram duas décadas. Um gênio militar por natureza, mas que foi enganado por Dom João VI, evadindo-se para o Brasil.

Este livro “1808” compõe-se dos seguintes capítulos: “A fuga, Os Reis enlouquecidos, O Plano, O Império decadente, A Partida, O Arquivista real, A Viagem, Salvador, A Colônia, O repórter Perereca, Uma carta, O Rio de Janeiro, D. João, Carlota Joaquina, O ataque ao Cofre, A nova Corte, A senhora dos Mares, a Transformação, O Reino Unido, O Chefe da Polícia, A Escravidão, Os Viajantes,  República Pernambucana, Versalhes Tropical, Portugal abandonado, O Retorno, A conversão de Marrocos, O novo Brasil”.

O livro contém oito folhas, bem ilustradas, com fotos referentes à época. O autor historiador dá continuidade nos livros de sua autoria: 1822 e 1889, abrangendo três grandes e notáveis períodos da história do Brasil no século XIX, com valiosa fundamentação histórica. O nome completo de Dom João VI era: “João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís Antônio Domingos Rafael de Bragança”. Tinha o hábito de referir-se a si mesmo sempre na terceira pessoa: “Sua majestade quer: comer, passear, dormir...” O livro relata que naquela época dois personagens, Azevedo e Targini, eram corruptos e, por isso ficaram eternizados em versos populares como estes:

Quem furta pouco é ladrão

Quem furta muito é barão

Quem mais furta e esconde

Passa de barão a visconde.


 Furta Azevedo no Paço

 Targini rouba no Erário

  E o povo aflito carrega

  Pesada cruz ao Calvário.


Enfim, é um livro que retrata uma época difícil, mas que foi vencida com força e vigor.

Recomendo a Leitura!



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