terça-feira, 13 de julho de 2021

BANGUÊ

Resenha por João de Carvalho



Título: Banguê

Autor:  José Lins do Rego

Editora:Global

Ano: 2021

Páginas:288

Pontuação: 5/5

Apreciação:

José Lins do Rego, 1901-1957, natural da Paraíba, sendo órfão, foi criado pelo seu avô que era também dono de Engenho. Estava no auge do aproveitamento da cana de açúcar, compondo-se “o Ciclo” deste empreendimento. O Romancista buscou na sua infância toda a inspiração necessária para a construção de seus variados romances. Com isto ele conseguiu recriar literariamente, na região Nordeste, a verdadeira e bem cultivada história dos engenhos.

Como nordestino atento não deixou de explorar  história do Cangaço, cuja figura maior e mais destemida era Lampião. Suas obras principais são as seguintes: O Menino de Engenho (1932), Doidinho (1933), Banguê (1934), O Moleque Ricardo (1935), Usina (1936), Pedra Bonita (1938), Cangaceiros (1953), Pureza (1937), Riacho Doce (1939) e Fogo Morto (1943).

O autor em “Banguê” (1934) descreve: O protagonista Carlos Melo que, após sua formatura, retorna ao Engenho Santa Rosa, refazendo sua amável convivência com seu avô Coronel José Paulino, idoso, doente, que acabou falecendo. Carlos Melo envolve-se amorosamente com Maria Alice, em vigorosa paixão. Mas, após certo tempo o esposo dela chega. Então Carlos abandona-a! Fraco, não lutou pelo seu amor. O dono do Engenho de “São Felix” queria adquirir o “Santa Rosa”, como poderoso concorrente que era! Mas, Carlos em memória de seu avô, resolve vendê-la para seu tio Juca de Melo, e, vai para a cidade.

Em suma, o Livro “Banguê”, na verdade mostra claramente o declínio do patriarcado rural, assim como também a explosão de novos valores na cidade, via nascente industrialização. É o nascimento vigoroso, cativante, da nova força industrial. É o campo em busca da Cidade. “As lembranças pessoais estão na base do processo de criação deste autor, o que define seus romances como narrativas memorialistas. Foi ele considerado como o “Proust” brasileiro, numa referência ao famoso escritor francês, autor de “Em Busca do Tempo Perdido”, romance memorialista formado por oito volumes”.

Entendo que no “O Menino de Engenho”, ele inaugura o Ciclo da cana de açúcar; no “Banguê” encerra-o!

Recomendo a leitura.

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