quarta-feira, 5 de maio de 2021

ECCE HOMO

 Resenha por João de Carvalho

Título: Ecce Homo

Autor: Friedrich Nietzsche

Editora: Rideel

Edição: 1ª

Ano:  2005

Página: 127



Pontuação:   3/5

 

Apreciação: 

Nietzsche (1844 -1900) nasceu em Rocken, próximo a Leipzig, na Alemanha. Descendente de família protestante estudou na Universidade de Bonn, concentrando-se mais na filologia (Ciência que estuda os textos literários para estabelecer sua autenticidade e significação. É a linguística histórica!).  Seus últimos dez anos de vida foram particularmente dramáticos. Grave doença fê-lo perder a sanidade mental. Morreu em Weimar a capital da Alemanha, no dia 25 de Agosto de 1900”.

Sua Obra obedece três fases, segundo alguns estudiosos da filosofia contemporânea: pessimismo romântico, positivismo cético e período de reconstrução. Tudo se encontra na apresentação do livro em descrição rápida, que ora fazemos. Ele mesmo se definia assim: “Não sou um homem, sou uma dinamite”. É dele também esta expressão: “Quem vos fala é o primeiro niilista perfeito da Europa”. Ser “niilista” significa não crer em nenhuma verdade moral ou hierárquica de valores pré-estabelecidos. Na verdade ele defendia outros valores afirmativos da vida, capazes de expandir as energias latentes em nós. Em suma, Nietzsche concluiu que não existem as noções absolutas de bem e de mal. Para ele as concepções morais surgem com os homens a partir das necessidades deles, etc. 

O livro “Ecce Homo” (Eis o Homem) é uma referência à forma como Pôncio Pilatos se referiu a Jesus Cristo, perante a multidão que aguardava sua sentença, publicada postumamente em 1908. Suas Obras caracterizam uma grande crítica aos valores ocidentais, oriundos da tradição platônica e cristã de nossa moral e filosofia.

O Sumário do Livro compõe-se de 13 títulos, sendo o Prefácio escrito pelo próprio autor. Destaco especialmente: Assim falou Zaratustra – Genealogia da Moral – Crepúsculo os Ídolos – Por que sou um Destino?” 

Em suma, Ecce Homo é “Uma volta aos valores antropocêntricos greco-romanos e a completa negação da moral cristã. São esses dois conceitos que baseiam a filosofia de Friedrich Nietzsche, um dos mais polêmicos filósofos contemporâneos. Neste que é seu último livro, Nietzsche traça sua autobiografia à luz da frustração que vivia diante da pequena repercussão de seu trabalho e da doença que vinha afetando sua sanidade mental” (Contracapa externa do Livro). 

Para entendê-lo é preciso conhecimento da filosofia existencial contemporânea. É um livro agressivo: contra a fé, religião, moral, igreja, alma, pecado e Deus!



 

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