quinta-feira, 14 de novembro de 2019

QUEM SOU EU PARA JULGAR ?


Resenha por João de Carvalho
 
Título: Quem Sou eu para julgar ?
Autor: Papa Francisco
Pulicação:2017
Editora: Leya, Rio de Janeiro, Casa da Palavra
Páginas: 222

Pontuação: 5/5  

Resenha:

Papa Francisco é o jesuíta argentino Jorge Mário Bergoglio, nascido em 1936. Conhecido por seu posicionamento progressista, sempre apresenta uma visão teológica profundamente reformadora.

Prega o perdão e a tolerância como caminhos de cada um de nós e de todo o mundo, com harmonia.

Este livro tem uma linguagem direta e simples, mas que toca o coração. Francisco nos coloca diante do real valor da vida: nossa relação conosco, como outro, com Deus e com o mundo.

É ele realmente um homem de bem e do bem. Quer abraçar e abarcar o mundo inteiro com seu elástico e grande coração de pai espiritual de todos os católicos e seguidores do mundo inteiro. Ele é a América projetada no Mapa Mundi do amor a Cristo e ao próximo. Dono de uma palavra fácil, simples, correta e inspirada porta à mensagem divina com Sabedoria e Santidade.

Em tempos de intolerância, de valorização de uma cultura do descarte, o Papa traz “a mensagem da harmonia, da aceitação, do encontro e do diálogo – se há uma palavra que devemos repetir, disse ele, até nos cansarmos é esta: diálogo. Somos convidados a promover uma cultura do diálogo, procurando por todos os meios abrir instâncias para que isto seja possível e que nos permita reconstruir a estrutura social”. Palavras mágicas de um pastor que deseja recolher todas as ovelhas (homens, mulheres e crianças) ao seu redil, sempre sob a aguçada e atenta vista, que proteja o seu rebanho, indo atrás da ovelha desgarrada, sujeita à ferocidade de lobos rapaces. Vai e vem com ela, sobre os próprios ombros amigos e protetores. Conta-as quando chega e as alimenta imediatamente.

Querido por muitos, inclusive não cristãos, o Papa Francisco é uma voz de amor e união no mundo. Um mundo em turbulência, contestador, rixendo, violento, sagaz, perigoso e cada vez mais difícil de ser compreendido.

No sumário deste precioso livro deparamo-nos com 4 partes de muita sabedoria, recolhida no seu “pastoreio-mor” e na sua alta e habilidosa visão de pai, mestre e pastor:

I parte: Não julguem para não serem julgados;
II parte: Todos somos frágeis;
III parte: Julgar o pecado e não o pecador;
IV parte: O Juízo da História sobre a história.

Enfim, ele, com toda lucidez e conhecimento, relembra um escritor latino-americano que dizia que nós, homens, temos dois olhos, um de carne e um de vidro. Com aquele vemos aquilo que olhamos. Com este vemos aquilo que sonhamos.

Um jovem que não é capaz de sonhar está confinado em si mesmo, está fechado em si mesmo. E, usando sua habilidade argentina, continua, “Não crie rugas, não envelheça, não desista, abra-se e sonhe”.

Neste livro o Papa nos chama à prática da compreensão, nos convida a amar o diferente, o outro, SEM julgamentos. E, que sigamos com Ele na construção de tempos melhores, mais atualizados dentro das normas canônicas vigentes.

Recomendo para todos a leitura deste valioso livro.


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