sábado, 10 de agosto de 2019

O ALIENISTA


Resenha por João de Carvalho


Título: O Alienista
Autor: Machado de Assis
Editora: TAG- Experiências Literárias em parceria com a Editora L & PM
Edição: 1ª
Ano: 2019
Páginas: 79

Pontuação: 5/5

Apreciação:

Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) um dos melhores e maiores escritores brasileiros de todos os tempos. De família pobre, mulato, vítima de preconceito, foi criado pela madrasta porque perdeu sua mãe muito cedo.

Superou tudo, até seu problema de visão. Estudou em escola pública. Aprendeu francês e latim. Foi até revisor de jornais. Foi fundador da ABL e seu primeiro presidente.

Publicou obras na fase romântica e realista. Desta fase é seu melhor conto, O Alienista, entre outros dez. Considerado uma das obras-primas deste escritor, no gênero Conto.

Personagens principais: Dr. Simão Bacamarte, Evarista, Crispim Soares, Padre Lopes, Porfírio, João Pina, Padre Lopes. Sr. Costa, ...

Narrador em 3ª pessoa (Onisciente).

Local: Itaguaí, RJ.

Enredo:  D. Simão Bacamarte, médico de boa fama, respeitado, elogiado pela esposa Evarista, estudioso da psiquiatria e da mente humana, vai para o interior, funda uma clínica especializada para doentes mentais, chamada “Casa Verde”. De início trata dos realmente doentes, depois vai aos que ele, alienado, considera como tais, embora, na verdade estão “sãos”, como por exemplo; Sr. Costa, Evarista, Porfírio, Padre Lajes, vereadores. Usa o sistema de internação no hospício e os desinterna, na sequência dos fatos. Na verdade o único que tinha o desvio de caráter era ele próprio, que terminou internando-se, e, morrendo na ”Casa Verde”.

O narrador expõe, com perfeição literária, a ironia e a vaidade do ser humano, com a mania de internações absurdas, como por exemplo dos vereadores da pequena cidade.

A linguagem  usada pelo escritor é simplesmente primorosa, na exposição do enredo, onde, ele explora, via médico excêntrico, a visão deturpada da mente humana que flutua entre a razão e a loucura, pela mania de internar/desinternar.

“O que começa como um projeto aparentemente bem intencionado passa a se mostrar uma obsessão, alarmando a cidade de Itaguaí. Em um estilo ao mesmo tempo realista e fantástico.”

Recomendo, com insistência, a leitura deste Conto.


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