A PESTE

Resenha por João de Carvalho

Título: A PESTE

Autor: Alberto Camus

Primeira Publicação: 1947

Editora: Best Bolso

Páginas: 294

Apreciação: 5/5

Resenha:

Alberto Camus (1913-1960), ensaísta, romancista, dramaturgo francês, nascido em Mondovi, na Argélia, ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 1957.

“A Peste” é um romance inteligente e de grande alcance social porque o autor, embora argelino, foi um autêntico francês. Viveu no período de duas grandes guerras, sendo que a segunda já como adulto, sentindo na pele os efeitos terríveis de suas atrocidades, especialmente, com a invasão da França pelos Nazistas.

Neste obra, fundamentalmente, apesar do realismo da apresentação e descrição de “A Peste”, o tema analisa de forma alegórica os problemas verificados na França da época.

O enredo é simples, mas muito adequado, “Narrado de maneira agradável em que se apresentam simbolicamente importantes verdades com fins educativos”.

“Um dia, a cidade de ORAN amanhece com alguns roedores, quase despercebidos. Logo a epidemia se alastra. A ocupação parece interminável e desesperadora. Morrem pessoas em todas as esquinas. Os corpos são incinerados. A cidade é posta de quarentena. Ninguém pode sair”. (Otto Maria Carpeaux).

Albert Camus, como representante do racionalismo europeu do século XX, teve a vivacidade intelectual de mostrar, alegoricamente, a situação da França ocupada pelo Nazismo, com todas as consequências desastrosas para a Nação. Daí as figuras dos “ratos “ e da “peste”.

É um livro inteligente, bem escrito, bem caracterizado, que traz importantes verdades da época em que viveu, com toda a sutileza de um grande escritor.

O Brasil atual com uma política desastrosa, com “roedores” simbólicos é bem o retrato moderno e atual de “A Peste”, simbolicamente como “Corrupção” e apropriação do erário público, combatidos pela operação “Lava Jato”.

É um grande romance de sabor atual.

Leitura Excelente!