sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

A BESTA HUMANA

 Resenha por João de Carvalho

Título: A Besta Humana

Autor: Émile Zola

Editora: Zahar

Ano:  2014

Página: 368



Pontuação:   5/5

 

Apreciação: 

Émile Edward Charles Antoine Zola, nascido aos 02 de abril de 1840 (Paris) e falecido aos 28 de setembro de 1902, também em Paris. Infância marcada pela pobreza, assim como a juventude. Suas obras podem ser consideradas sob estes dois aspectos:

1) ROMANCES: A Confissão de Claude, Theresa Roquin, e, a série “Os Rougon-Macuart que inclui: Germinal (1885), A besta humana (1890) e outras obras importantes;

2) JORNALISMO: com destaque especial para: “Eu acuso” (1898), quando Zola defendeu com veemência o Oficial do Exército francês chamado Alfred Dreyfus, em um caso de traição de grande repercussão nacional. A defesa produzida por Zola e publicada no Jornal “A Aurora” começava com: “Eu acuso”. Por isso foi perseguido, tendo se refugiado na Inglaterra. Consta-se também que o nosso gênio da tribuna, Ruy Barbosa, dera-lhe cobertura, via Habeas Corpus. Dreyfus foi absolvido! Lê-se também em comentários diversos que Zola morreu por asfixia, talvez por trama de conspiradores anti-Dreyfus! Sua produção romanesca atinge a cifra de 20 volumes. Foi um grande e excepcional escritor de sua época. Foi considerado o fundador da ficção naturalista.

- Em “A Besta Humana” analisa-se com clareza e objetividade o ser humano a partir de um comportamento patológico, doentio de desejos e taras sexuais, sobressaindo o lado animalesco, agressivo do homem com um realismo histérico. O cenário é a linha férrea.  Jacques Lantier é o protagonista. Um verdadeito serial killer, atual. Ele comanda a “Lison” (locomotiva), atormentado pelo desejo de matar as mulheres pelas quais se sentia atraído. O casal Severine e Roubaud são testemunhas do descarte de um corpo de gente assassinada. A linha férrea liga Paris à Le Harve, através da composição “Lison”. Há a participação forte de outros personagens como: Grandmorin e Flore. O enredo é simples, atraente e de fácil entendimento, onde a cilada é explorada com realismo naturalista.

 - Em conclusão: A gente tem a impressão de um enredo vivenciado no mundo atual. As personagens com a alma repleta de desejos eróticos e mortais. O Livro é um thriller forte registrado pela notável pena do mestre

Zola, marcantemente “naturalista”, narrado na 3ª pessoa.

Recomendo a Leitura para quem aprecia esta corrente literária num romance psicológico cheio de tensões.



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