segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

O SEGUNDO SEXO

Resenha por João de Carvalho

Título:  O Segundo Sexo
Autora: Simone de Beauvoir
Editora: Nova Fronteira
Ano de publicação:1949
Páginas: 936

Apreciação: 5/5

Resenha:


É um livro cuja autora, Simone de Beauvoir, demostra sua visão de futuro em relação ao valor da mulher. Isto numa época em que não se usava o termo “feminismo”. 

Escritora francesa que superou seu tempo pelo vasto conhecimento que tinha da mulher, como ser humano, com todos  seus defeitos e suas virtudes, estas com prevalência incontestável.  

Ela repudiou a situação da mulher como simples caudatária do homem. O machismo era, então, a manifestação inconteste do masculino. Sua ascendência sobre a mulher manifestava-se em todas as suas dimensões e formas de vida, quer isolado, quer a dois. 

A voz feminina não só era aceita enquanto subordinada aos códigos de vida e comunicação estabelecidos pelo homem. 

“Ninguém nasce mulher: torna-se mulher”. Com esta frase ela abre o segundo volume do seu livro. 

“O homem sério é perigoso, pode transformar-se em tirano”. 

Em “A Força das Coisas” a gente lê a trilogia de suas memórias. 

Se não houver respeito do ponto de vista social, político, econômico, dificilmente será possível ao homem e à mulher, usufruírem de plena liberdade. 

Este livro, em comento, está dividido em: 
1 – Formação: a infância, a moça, a iniciação sexual e a lésbica; 
2 – Situação: a mulher casada, a mãe, a vida social, prostitutas e hetairas, maternidade e velhice, caráter da mulher; 
3 – Justificações: a narcisista, a amorosa e a mística mulher; 
4 – Caminhos da libertação, etc. 

As acusações morais, que se leem contra ela, acredito que foram frutos de sua convivência com Sartre, homem inteligentíssimo, mas de grandes fracassos na vida moral. 

Ela defende com toda a força literária o papel da mulher na sociedade. A tese existencialista é sustentada por ela assim: “Cada pessoa é responsável por si própria”!



Enfim, ela foi escritora, filósofa, política ativista, feminista, existencialista, sobretudo defensora acérrima da liberdade feminina total. “Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja nossa substância”, afirmou ela.




Livro para leitores adultos.

Boa leitura!


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