Ser cantor, boêmio das estrelas,
Na dor da flor!
Existir no comum dia a dia...
Ser vate inspirado
Nas pequenas coisas
Que são as grandezas do mundo!
Tirar sons das pedras,
Dos campos, dos ares e dos mares.
Perceber e cantar a toalete das matas.
Parar absorto, com o voo dos pássaros.
Ver a face dos homens de todos os tempos
Refletida nos espelhos dos lagos tranquilos.
Saborear o amor
Versejar o riso da criança.
Ser poeta é colher na teia da rima
O rumo de tudo...
É ser anjo exilado
Chorando saudades do céu!
Comentário por Simone Carvalho:
Esta poesia guardada por mim, nos velhos cadernos, há mais de 50 anos
tem como autor o Cônego Durval G. Garcia. Já naquele tempo um Professor muito
prestigiado do cenário educacional da cidade de Uberlândia/MG. Procurei na
Internet e encontrei no “Museu Virtual” uma rápida entrevista em que ele fala
sobre a cidade.
Nesta poesia, Cônego Durval nos fala sobre todo o sentimento que envolve
a vocação de ser um vate (poeta). De como consegue enxergar com outros olhos,
cenas do dia a dia, que aos outros parecem não ter nenhum significado
(“pequenas coisas que são as grandezas do mundo”.)
Ele comenta sobre o poder que a rima tem de conseguir ser “o rumo de tudo”. E conclui que o
poeta, a quem ele chama de ‘vate’, usando uma
expressão mais antiquada, - o poeta é comparado a um anjo que sente saudades do
céu.
Assim, ele nos dá a dimensão extraordinária do quanto o poeta é um ser
que vive com os pés no chão e o coração no céu.
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