Seja uma pessoa bem a par de alguma fraqueza
Que cometi no passado.
Ou, quem sabe?
Um estranho que há muito me vem
Devotando seu amor em segredo
Ou alguém que moteja todas as vezes que ouve
Falar das minhas arrogâncias e do meu egoísmo
Como se eu não ficasse aturdido diante de mim mesmo!
Ou, como se nunca motejasse de mim.
(Oh! Sobressaltos de consciência! Oh! Réu-confesso!)
Ou como se eu nunca tivesse amado estranhos em segredo
(Oh! Com toda a ternura, anos a fio,
Sem jamais o ter revelado a ninguém)
Ou, como se eu não percebesse no meu íntimo,
Claro como o cristal, a substância mesma das fraquezas
Ou, como se, enquanto em mim existirem,
Me fosse possível deixar de transpirá-las.
Comentário por Simone Carvalho
Poesia de Walt Whitman (1819-1892), poeta
que nasceu nos Estados Unidos.
Foi traduzida por Oswaldino Marques (1916-2003), poeta
brasileiro, nascido em São Luiz do Maranhão.
É uma mensagem profundamente
sentimental!
Logo no início a gente percebe uma
pessoa que se sente culpada. Em seguida essa pessoa crê no amor platônico (amor
espiritual, silencioso). Depois, imagina que pelos seus defeitos é alvo de
zombaria (moteja= zomba). E, afinal, pensa que, pelas suas fraquezas serem tão
nítidas, causa perturbação em quem o vê. Essa é a primeira parte da poesia.
Na segunda parte, ele confessa que
pessoalmente se sente aturdido diante de si, que apesar de lhe trazer imenso
sofrimento, zomba de si mesmo. Diz de amores platônicos que sentiu... e muitos!
Com grande sofrimento! Confessa conhecer suas fraquezas e sua impossibilidade
de escondê-las.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Querido leitor, está com dificuldade para postar um comentário?
Siga os passos:
1- Digite no quadro o seu comentário.
2- Em "comentar como" escolha a opção nome/URL e digite seu primeiro nome
3- Não precisa escrever na opção URL
4- Clique em publicar.
Se aparecer a frase "EU NÃO SOU UM ROBÔ", basta seguir as instruções e depois publique.
Bjs