Título: O Crime do Padre Amaro
Autor: José Maria Eça de Queirós
1ª publicação: 1875
Editora: Martin & Claret
Páginas: 420
Apreciação: 3/5
Resenha:
É uma obra essencialmente do realismo
português. Pertence à segunda fase e corresponde ao tempo literário de
“Os Maias” e “O Primo Basílio”.
O livro, ora apresentado é de 1880,
cujo superautor é Eça de Queirós (1845-1900), formado em direito. Atuou como
cônsul em Havana, Londres e Paris. Participou da chamada “Questão Coimbrã” que
marcou o início do Realismo na literatura Portuguesa.
O celibato é uma disciplina da igreja,
portanto, pode ser alterado. Não é uma doutrina, um dogma que não poderiam ser
alterados, penso eu. Na verdade há muitos motivos históricos e teológicos que
são pró e contra a disciplina do celibato (este é o estado de uma pessoa que se
mantém solteira, sem vida sexual). Na verdade, hoje, como autêntica e formal
disciplina eclesiástica, vigora a doutrina do celibato sacerdotal, muito
combatida, mas sempre seguida e louvada pela doutrina da Igreja Católica,
Apostólica, Romana.
“A trama de O Crime do Padre Amaro é
ambientada em Leiria, uma cidade provinciana ao norte de Lisboa, fortemente
influenciada pelo clero. Este romance, cujo subtítulo é “Cenas da Vida
Devota”, analisa a corrupção e a depravação dos costumes a partir de um caso amoroso entre o Padre Amaro e
Amélia moça solteira que acreditava piamente nos religiosos” (Português, ensino
médio, página 405, de Nicola, Floriana e Ernani).
Enfim, o celibato é uma questão que não
está em estudo ou cogitação dos Papas atuais, portanto não se justifica um
simples e elementar comentário nosso sobre o problema que vem enfrentando
séculos de discussão e estudos. Quem já leu o livro denominado “O Seminarista”
de Bernardo Guimarães tem uma noção bastante aproximada, não idêntica, sobre o
Crime do Padre Amaro, explorando este assunto, em grau elevado.
Recomendo este livro aos leitores estudiosos
e criteriosos que tenham a sabedoria de distinguir e avaliar as leis religiosas
vigentes, para uma reflexão serena e atual.
Boa leitura!
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