terça-feira, 4 de junho de 2019

BOCA DO INFERNO


Resenha por João de Carvalho


Título: Boca do Inferno
Autora: Ana Miranda
Editora: Companhia das Letras
Ano de publicação: 1989
Páginas: 336

Apreciação: 4/5

Resenha:

Ana Miranda é natural de Fortaleza, Ceará, 1951, escritora, desenhista e ex-atriz. Recebeu prêmios literários como: Jabuti pela ABL de ficção, Sereia de Ouro. Como Grande prêmio das Américas e outros de expressivos valores relativos a romances, teatro e contos.

 “Boca do Inferno” é de 1989 tendo como tema a Bahia do século XVII, sobressaindo como personagens principais: Gregório de Matos, Padre Antônio Vieira e Antônio de Souza Menezes, entre outros. Este livro é um dos maiores romances do século XX. Sua lista de prêmios é muito extensa, com uma produção de mais de 30 livros da autora.
“A ação começa com o assassinato do alcaide-mor da cidade de Salvador por oito encapuzados, que se refugiam, em seguida, no colégio dos jesuítas. Este crime é resultado da feroz rivalidade entre duas facções inimigas: a dos Menezes, encabeçada pelo governador Braço de Prata, e a dos liberais Ravasco, liderada pelo padre Antônio Vieira. Tomando por pretexto o assassinato do alcaide, o Braço de Prata inicia um período de terror e perseguições a todos os seis opositores. Vieira é feito réu do crime. 
Entre os perseguidos pela fúria do brutal governador, está o grande poeta brasileiro Gregório de Matos, envolvido por suas ligações com os Ravasco e por suas sátiras aos poderosos.  Matos, alcunha de O Boca do Inferno, deu nome ao romance, perde seus cargos e tem que fugir com medo de ser preso ou morto.”

Boca do Inferno contém seis partes: A cidade, o crime, a vingança, a devassa, a queda e o destino. 
Ação: Gira em torno do Governador da Bahia.

Estilo de época: é uma obra pós-moderna, preenchendo lacunas deixadas pela história.
Linguagem: Coloquial.

Romance histórico ficcional que se passa em 1683, na Bahia, com todas as dificuldades da época. (Econômicas, culturais, sociais e políticas).

Realça o nacionalismo, o universalismo e o folclore.

O Estilo do autor mostra os personagens falando de acordo com a época. Destaca-se a alma lírica e satírica de Gregório e Vieira como um eterno político.

Espaço: Cidade da Bahia (1683). A autora criou uma literatura engajada, com denúncias de aspectos próprios da época, em todos os aspectos. Faz um retrato fiel da nossa gente, assim como um estudo minucioso dos povos que havia, ressaltando a língua, a religião e o início do sincretismo religioso.

Em conclusão, utilizei de forma sintética do estudo de obra de Regina Bicalho, Método, PUC, 1991. Este livro “Boca do Inferno” é útil para vestibulandos em geral.
É útil ser lido!



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Querido leitor, está com dificuldade para postar um comentário?
Siga os passos:
1- Digite no quadro o seu comentário.
2- Em "comentar como" escolha a opção nome/URL e digite seu primeiro nome
3- Não precisa escrever na opção URL
4- Clique em publicar.

Se aparecer a frase "EU NÃO SOU UM ROBÔ", basta seguir as instruções e depois publique.

Bjs