Resenha por João de Carvalho
Autor:
José Martiniano de Alencar
Editora: L&PM
Páginas: 72
Pontuação:
5/5
Apreciação:
José Martiniano de
Alencar (1829-1877) produziu uma obra que é o retrato mais fiel e perfeito de
sua posição político-social: Grande proprietário rural, político, conservador,
monarquista, nacionalista exagerado e escravocrata.
No livro O Guarani, o
índio individualizado em Peri, é civilizado, vive em contato com os brancos.
Ele chega a ser batizado, para que possa salvar Cecília (Ceci), assim afirmam
os melhores e mais didáticos comentaristas como Nicola em “Ensino Médio”. O
escritor se vangloria quando escreveu que “Busquei uma nova maneira de escrever
bem brasileira, com heróis e cenários bem brasileiros. Fiz sucesso e fiquei
famoso”.
Constato
que ele disse a verdade. Foi um notável escritor cearense de Fortaleza. Foi
autor de livros que abrangem as temáticas do Romantismo urbano, histórico,
regionalista e indianista. Desta última fase destaco, hoje, O Guarani, cujo
livro valoriza o índio como representante máximo da brasilidade. Espírito este
superabsorvido pelo Autor.
O
Guarani foi escrito em 1857, como um romance histórico ficcional. Na figura do
herói Peri, ele realça o bem, o bom, o belo, o justo, o verdadeiro, a força, o
amor, o sacrifício, a luta e a vitória final na deliciosa trama do livro. Vale
dizer que Alencar nesta época tinha 28 anos de idade, apenas. Entre os muitos
fatos que compõem o enredo destaco que “Peri para salvar Cecília (Ceci),
durante uma grande enchente, arrancou o tronco de uma palmeira jovem que lhes
servira de instrumento para superarem uma calamitosa tempestade. Mas, antes
aconteceram fatos muito importantes como: “A morte de Álvaro/Isabel. D. Antônio
de Mariz, face a um ataque de tribo inimiga, recomenda a Peri que salvasse
Cecília.”
As personagens são: Perí – Cecília – D. Antônio –
Laureana – Diogo – Isabel – Álvaro – Loredano – Bento – Rui e Martin Vaz. Eles
viviam em fazendas às margens do rio Paquequer com suas famílias, em luta
contra os índios Aimorés. Esta casa recebia todo tipo de gente. Diversos
episódios acontecem envolvendo o herói Peri, que supera com sua bravura,
lealdade e amor à amada Ceci.
Enfim,
Alencar é um mestre na descrição romântica e na valorização de seus
personagens, conquistando o leitor com os episódios mais vivos e vigorosos de
sua mente afinada com o Brasil. O Guarani foi adaptado em Ópera por Carlos
Gomes. Foi elevado ao Cinema desde 1912. Vivido em história em quadrinhos assim
como em poesia de Cordel. Foi publicado por vários editores nacionais e
estrangeiros, ganhando fama e renome internacional.
Recomendo!
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