quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

O GUARANI


Resenha por João de Carvalho

Título: O Guarani
Autor: José Martiniano de Alencar
Editora: L&PM
Páginas: 72

Pontuação: 5/5

 Apreciação:

José Martiniano de Alencar (1829-1877) produziu uma obra que é o retrato mais fiel e perfeito de sua posição político-social: Grande proprietário rural, político, conservador, monarquista, nacionalista exagerado e escravocrata.

No livro O Guarani, o índio individualizado em Peri, é civilizado, vive em contato com os brancos. Ele chega a ser batizado, para que possa salvar Cecília (Ceci), assim afirmam os melhores e mais didáticos comentaristas como Nicola em “Ensino Médio”. O escritor se vangloria quando escreveu que “Busquei uma nova maneira de escrever bem brasileira, com heróis e cenários bem brasileiros. Fiz sucesso e fiquei famoso”.

Constato que ele disse a verdade. Foi um notável escritor cearense de Fortaleza. Foi autor de livros que abrangem as temáticas do Romantismo urbano, histórico, regionalista e indianista. Desta última fase destaco, hoje, O Guarani, cujo livro valoriza o índio como representante máximo da brasilidade. Espírito este superabsorvido pelo Autor.

 O Guarani foi escrito em 1857, como um romance histórico ficcional. Na figura do herói Peri, ele realça o bem, o bom, o belo, o justo, o verdadeiro, a força, o amor, o sacrifício, a luta e a vitória final na deliciosa trama do livro. Vale dizer que Alencar nesta época tinha 28 anos de idade, apenas. Entre os muitos fatos que compõem o enredo destaco que “Peri para salvar Cecília (Ceci), durante uma grande enchente, arrancou o tronco de uma palmeira jovem que lhes servira de instrumento para superarem uma calamitosa tempestade. Mas, antes aconteceram fatos muito importantes como: “A morte de Álvaro/Isabel. D. Antônio de Mariz, face a um ataque de tribo inimiga, recomenda a Peri que salvasse Cecília.”

As personagens são: Perí – Cecília – D. Antônio – Laureana – Diogo – Isabel – Álvaro – Loredano – Bento – Rui e Martin Vaz. Eles viviam em fazendas às margens do rio Paquequer com suas famílias, em luta contra os índios Aimorés. Esta casa recebia todo tipo de gente. Diversos episódios acontecem envolvendo o herói Peri, que supera com sua bravura, lealdade e amor à amada Ceci.

Enfim, Alencar é um mestre na descrição romântica e na valorização de seus personagens, conquistando o leitor com os episódios mais vivos e vigorosos de sua mente afinada com o Brasil. O Guarani foi adaptado em Ópera por Carlos Gomes. Foi elevado ao Cinema desde 1912. Vivido em história em quadrinhos assim como em poesia de Cordel. Foi publicado por vários editores nacionais e estrangeiros, ganhando fama e renome internacional.

Recomendo!



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