domingo, 19 de março de 2023

AS VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA

 

Resenha por João de Carvalho


Título: AS VEIAS ABERTAS DA AMÉRICA LATINA

Autor: Eduardo Galeano

Editora: L & PM

Edição: 1ª

Ano: 2010

Páginas: 346

Pontuação: 5/5 

Apreciação: 

 EDUARDO GALEANO (1940 – 2015) nasceu em Montevidéu, no Uruguai. Viveu exilado na Argentina e na Espanha. É autor de vários livros traduzidos em muitas línguas. Seus livros recolhem as vozes da alma e da rua. Oferecem uma síntese da realidade superatual e sua memória. Recebeu várias premiações, com destaques especiais de: Cuba, Uruguai, Estados Unidos da América do Norte, Suécia e Espanha. Foi eleito o primeiro cidadão ilustre do Mercosul, recebeu o prêmio Aloa dos editores dinamarqueses, e outras nobres distinções culturais internacionais.           

Sérgio Faraco traduziu as obras de Eduardo Galeano e muitos outros autores renomados na arte da escrita internacional. Os editores afirmam que este Livro tornou-se um autêntico clássico literário, um inventário da dependência e da vassalagem de que a América Latina tem sido vítima, desde que aqui aportaram os europeus no final do século XV. Vieram outros países para cá, modernamente, mas o cenário permanece com a mesma submissão, a mesma miséria, a mesma espoliação. 

Galeano sabe ser suave, duro, com uma mensagem, ao mesmo tempo cheia de humanismo, solidariedade e amor pela liberdade e pelos desvalidos, face à sua consagrada maestria”, pontuam seus ilustres editores. 

O Sumário deste ousado Livro começa com a introdução sobre “120 milhões de crianças no centro da tormenta”. Encerra-se com um Comentário do Autor! A primeira parte expõe “a pobreza do homem como resultado da riqueza da terra”, como título. Seguem a febre do ouro e da prata, o rei do açúcar e outros monarcas agrícolas, e, as fontes do poder. A segunda parte trata do desenvolvimento através de uma viagem com mais náufragos do que navegantes. Seguem a História da morte prematura, e a Estrutura Contemporânea da Espoliação. 

Impressiona-me a referência que este grande autor fez à “Maria Carolina de Jesus, famosa escritora, com o livro “Quarto de Despejo”, que saiu da favela, correu mundo, foi entrevistada e fotografada, premiada, homenageada por cavalheiros e recebida por presidentes, mas, morreu no meio do lixo e dos urubus”. Já ninguém, continua o autor, se lembra desta mulher que escrevera que “A fome é a dinamite do corpo humano”. 

Este é “o melhor livro sobre nosso maltratado Continente”, pontuou Hernan Invernizzi. É um livro de tamanho continental.

Recomendo.






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