Resenha por João de Carvalho
Título: 1889Autor: Laurentino Gomes
Editora: Globo Livros S.A.
Edição ano: 2013
Páginas: 380
Pontuação: 5/5
Apreciação:
Laurentino Gomes, um notável e minucioso escritor sobre fatos brasileiros no século XIX, com três narrativas vivas, claras, precisas, historicamente desenvolvidas com provas articuladas no final de cada um dos três livros, a saber: 1808, 1822 e 1889. De Dom João VI, a D. Pedro I até à morte de D. Pedro II.
- Neste último, 1889, narra e descreve com fino gosto e exatidão: Como um imperador cansado, um marechal vaidoso e um professor injustiçado contribuíram para o fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil. É uma trilogia, na qual, o primeiro (1808) dedica-se à fuga da Corte de D. João VI para o Rio de Janeiro, acossado pelas tropas do imperador francês Napoleão Bonaparte; o segundo (1822) narra como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram Dom Pedro I a criar o Brasil, um país que tinha tudo para dar errado, mas deu certo!
- Em dois momentos, em folhas alvíssimas, encontramos fotos de notáveis personagens da vida pública governamental brasileira. Todas referendadas em fontes específicas e legítimas. O Sumário compõe-se de 24 títulos. O autor lamenta, com razão, que a data quinze de novembro é sem prestígio cívico, bem ao contrário de sete de Setembro, Dia da Independência comemorado em todo o país. O feriado da Proclamação da República (15 de Novembro) é uma festa tímida, geralmente ignorada pela maioria das pessoas. O autor explica isto muito bem na Introdução.
O Executivo do Governo provisório, à época, ficou composto da seguinte forma:
- Deodoro da Fonseca – Chefe do Governo Provisório; - Benjamin Constant – Ministro da Guerra;
- Quintino Bocaiúva – Ministro das Relações Exteriores; – Rui Barbosa – Ministro da Fazenda;
- Aristides Lobo – Ministro do Interior; - Campos Salles – Ministro da Justiça; - Edvardo Wandenkolk – Ministro da Marinha; Demétrio Ribeiro – Ministro da Agricultura.
“O escritor e jornalista Raul Pompeia, às fls. 287/288, testemunhou o último ato da Monarquia no Brasil, a partida imperial para o exílio: o Carro parou, do Coche fechado D. Pedro II apeou-se para pisar pela última vez a terra da pátria”, que tanto amara, e, da qual levou um pouco de terra, como lembrança.
- É um livro que fala à alma do leitor. Boa Leitura!
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