Resenha por João de Carvalho
Título: A Besta HumanaAutor: Émile Zola
Editora: Zahar
Ano: 2014
Página: 368
Pontuação: 5/5
Apreciação:
Émile Edward Charles Antoine Zola, nascido aos 02 de abril de
1840 (Paris) e falecido aos 28 de setembro de 1902, também em Paris. Infância
marcada pela pobreza, assim como a juventude. Suas obras podem ser consideradas
sob estes dois aspectos:
1) ROMANCES: A Confissão de Claude, Theresa Roquin, e, a série
“Os Rougon-Macuart que inclui: Germinal (1885), A besta humana (1890) e outras
obras importantes;
2) JORNALISMO: com destaque especial para: “Eu acuso” (1898), quando Zola defendeu com veemência o Oficial do Exército francês chamado Alfred Dreyfus, em um caso de traição de grande repercussão nacional. A defesa produzida por Zola e publicada no Jornal “A Aurora” começava com: “Eu acuso”. Por isso foi perseguido, tendo se refugiado na Inglaterra. Consta-se também que o nosso gênio da tribuna, Ruy Barbosa, dera-lhe cobertura, via Habeas Corpus. Dreyfus foi absolvido! Lê-se também em comentários diversos que Zola morreu por asfixia, talvez por trama de conspiradores anti-Dreyfus! Sua produção romanesca atinge a cifra de 20 volumes. Foi um grande e excepcional escritor de sua época. Foi considerado o fundador da ficção naturalista.
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Em “A Besta Humana” analisa-se com clareza e objetividade o ser humano a partir
de um comportamento patológico, doentio de desejos e taras sexuais,
sobressaindo o lado animalesco, agressivo do homem com um realismo histérico. O
cenário é a linha férrea. Jacques Lantier é o protagonista. Um
verdadeito serial killer, atual. Ele comanda a “Lison” (locomotiva),
atormentado pelo desejo de matar as mulheres pelas quais se sentia atraído. O
casal Severine e Roubaud são testemunhas do descarte de um corpo de gente
assassinada. A linha férrea liga Paris à Le Harve, através da composição
“Lison”. Há a participação forte de outros personagens como: Grandmorin e
Flore. O enredo é simples, atraente e de fácil entendimento, onde a cilada é
explorada com realismo naturalista.
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Em conclusão: A gente tem a impressão de um enredo vivenciado no mundo atual.
As personagens com a alma repleta de desejos eróticos e mortais. O Livro é um
thriller forte registrado pela notável pena do mestre
Zola,
marcantemente “naturalista”, narrado na 3ª pessoa.
Recomendo
a Leitura para quem aprecia esta corrente literária num romance psicológico
cheio de tensões.
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