Resenha por João de Carvalho
Autor: Luís Carlos Martins Pena
1ª
edição: 1853
Editora: EDITORA L&PM
Editora:
Páginas: 112
Pontuação: 4/5
Apreciação:
Luís Carlos Martins Pena(1815-1848), foi um jovem de origem
muito humilde. Viveu muito pouco. Apenas 33 anos. Mas, mesmo assim,
escreveu muito. Em poucos anos escreveu 17 Comédias. Foi uma daquelas vítimas
da tuberculose, que raramente perdoava seu paciente.
Nas suas
comédias de costumes muito divertiam o público, criticando, quase sempre a
sociedade. Até ele o teatro estava mais voltado para a encenação de passagens
bíblicas. A imagem do sertanejo matuto era presença marcante para sua crítica à
sociedade da época. Talvez seja um dos maiores comediógrafos do século XIX.
Exemplo específico é a peça “Juiz de Paz da Roça” (1838). Na verdade foi ele o
fundador da Comédia brasileira. Destacamos, especialmente, sua obra principal e
mais conhecida: “O Noviço”.
“Trata-se
do casamento por interesse. Ambrósio, o vilão casa-se com a rica viúva
Florência para tomar posse de sua fortuna. Entre ele e seu objeto, encontram-se
os dois filhos dela, Emília e Juca, e o sobrinho Carlos, um noviço do título,
de quem Florência é tutora. A solução encontrada por Ambrósio é providenciar
que todos ingressem na vida religiosa. Com Carlos, esse objetivo já tinha sido
alcançado: Florência, convencida pelo esposo, enviara o sobrinho para um
seminário. Mas, os planos de Ambrósio serão frustrados pelo jovem noviço, que
foge do seminário para fazer carreira militar e casar-se com Emília, por quem
está apaixonado. No final, Ambrósio é desmascarado, preso por bigamia, e os
dois jovens podem ficar juntos” (Literatura Brasileira, Ensino Médio, Maria
L. M .Abaurre e Marcela Pontara, pag. 366).
Este escritor
apesar de ter vivido apenas 33 anos, deixou uma obra que explora intrigas de
roceiros, viúvas assanhadas, juízes corruptos, políticos gananciosos,
religiosos sem convicção, moças casadoiras colocando todos e tudo que lhes
dizia respeito no palco da comédia, das sátiras e das farsas.
Personagens:
Ambrósio, Florência, Emília, Juca, Carlos, Rosa, Padre Mestre, Jorge, José,
etc.
Espaço: Rio
de Janeiro; Gênero: dramático/cômico; Estilo: romântico; Drama: em três atos;
Desfecho: Talvez na prisão de Ambrósio; Clímax: Talvez no casamento de Carlos e
Emília.
No livro em
apreciação, O Noviço, já como precursor do romantismo, explora com maestria e
sucesso, através da comédia de costumes, o casamento e a vida religiosa imposta
a Carlos, que não tinha vocação sacerdotal, mas sim para o matrimônio, fato
este que se deu com seu enlace com Emília. É denominado esse escritor de “O
Molière” brasileiro.
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