Resenha por João de Carvalho
Autor: Roni Gonçalves Barbosa
Editora: Gráfica D. Bosco
Edição: 1ª
Ano: 2003
Páginas: 104
Apreciação 5/5
Resenha:
Roni Gonçalves Barbosa (1974-2003),
mineiro, de Itabira, formou-se em Técnico Eletrônico, assim como em Ciências
Biológicas. Ele se dedicava também, com grande amor a escrever poesias e
poemas. Depois de formado, trabalhou em Brasília algum tempo, mas voltou a BH,
onde prestou concurso na UFMG para professor. Seus fortes sentimentos
familiares sempre foram preponderantes em sua caminhada. Não gostava de ficar
longe da família.
Seu maior sonho literário era publicar
livros de Poemas. Entende-se por poema “uma composição poética de certa
extensão, com enredo e ação, escrita em linguagem bela e vigorosa” (Dicionário
de Luís Antônio Sacconi). Uma das características de Roni é que, este poeta que
hoje estaria com 43 anos, sempre datava os poemas e pensamentos de sua
agradável produção literária. Na 2ªfeira, 24.05.1993, portanto 10 anos
antes de sua morte, escreveu: “Se morrer quer dizer deixar de existir, não
quero morrer, porque quero existir eternamente. Mas, como a vida caminha
irremediavelmente para a morte, então quero viver intensamente”.
O livro “EternamentePoeta” foi
publicado por sua família, no ano de sua morte, tentando realizar o seu sonho,
de alguma maneira. A irmã de Roni, Rosilane Gonçalves Barbosa descreve o autor,
nas orelhas da capa e contracapa do livro. Roni era filho de Rui Patrocínio
Barbosa e Maria Gonçalves Barbosa, todos de Itabira. Mônica Lage diz na
contracapa: Saudosos, porém realizados, apresentamos a você leitor, um pouco do
nosso inesquecível poeta, que através dos mistérios da vida nos acompanha em
outra dimensão.
Quero mostrar aos leitores deste Blog
as seis partes que compõem o livro: “Reminiscência, Terra Natal, Pensar,
Premunição, Inspiração, Consolo”. Semeados em várias páginas encontramos
preciosos e delicados pensamentos como: “Se sofremos com a seca no vale do
Jequitinhonha, ainda assim somos mineiros. E entre um dedim de prosa – e outro
– a gente conversa, faz jura, faz promessa... E de uai em uai, a gente, e ocê,
vê que é bom demais sô, ser mineiro. E cada mineiro, dependendo de onde é, é um
mineiro diferente dos outros. E eu por ser itabirano sou de ferro”.
Gostei deste Livro e o recomendo a
todos que gostam e sabem apreciar este gênero literário que é a poesia. Leveza,
sentimento e criatividade embasam sua expressão poética. Recomendo sua leitura
a todos que sabem viver e exprimir sentimentos legítimos e puros.
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