Resenha por Simone Carvalho
Título: Thammy Nadando Contra a Corrente
Autor: Márcia Zanelatto
Editora: Best Seller
Edição: 3ª Edição
Páginas: 206
Apreciação: 4/5
Resenha:
Este livro nos conta a história real
de uma pessoa que todos conhecemos. Sua trajetória pela vida, suas angústias,
suas lutas, suas dificuldades para se reconhecer no espelho.
Às vezes há prejulgamentos, no
sentido de achar que a vida de celebridades é feita só de alegria e festas... As páginas deste livro nos mostram um
homem preso ao corpo feminino que luta de todas as formas para juntar a imagem
aos próprios sentidos. Um corpo masculino é tudo o que deseja. E Tammy busca
isso com todas as forças de seu ser.
Um livro dividido em sete partes:
1) Crescendo num corpo que não
combina;
2) Roupa, cabelo e muito desconforto;
3) O medo e o desejo;
4) Saindo do armário;
5) Da homossexualidade à
transexualidade;
6) Transexualização;
7) Uma vida de homem.
Na apresentação deste livro, sua autora
Márcia Zanelatto diz: ” ... o desejo de transexualização de
Thammy rapidamente se revelou o eixo central do livro. A possibilidade de
acompanhar esse processo e criar a narrativa que pudesse dar conta da grandeza
e complexidade dele me pareceu fascinante. ... Se você espera encontrar aqui um
relato de tentativas de suicídio e automutilação, esqueça. Tammy jamais pensou
em abandonar a vida.”
Márcia Zanelatto tem obras nas áreas de
dramaturgia, roteiro, romance, poesia e biografia. Recebeu alguns prêmios como
dramaturga, entre eles o Prêmio APTR de Melhor Autora de 2014, pela peça Desalinho.
Na orelha da capa nos deparamos com a
autora de novelas Glória Perez: “Por Glória Perez: ...Se é difícil suportar o incômodo de uma roupa ou
de um sapato apertado, imagine a provação de suportar um corpo que não veste
sua alma nem sua mente. Um corpo dissociado, que não expressa você – pelo
contrário, o agride. Imagine a violência de existir assim, intimidado,
clandestino, dentro de uma forma física que você percebe como uma camuflagem de
si... E aqui está ele, contando essa difícil e penosa travessia, para nos
mostrar que existem muitas formas de viver o masculino e o feminino. É que só
se pode ser feliz, na liberdade de SER. Como dizia dona Canô: ‘Ser feliz é pra
quem tem coragem’.”
Boa Leitura!
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