Ernesto Cardenal
Ao perder-te eu a ti
tu e eu é que perdemos
Eu porque tu eras
quem eu mais amava
E tu porque eu era
quem te amava mais
Mas de nós dois tu
perdes mais do que eu:
Porque eu poderei amar
a outras como amava a ti
Mas a ti não te amarão
Esta poesia em estilo Barroco, da Era Clássica, reflete o sentimento de
vaidade e convencimento de alguém sobre outra pessoa, “numa sequência de
situações e contradições” relativa a amar e perder o amor.
Ele sabe que ambos perderão, se derem fim ao relacionamento. Mas, e
apesar de saber-se amado, ainda assim, considera que o amor que ele sente é
maior. Então, está convencido de que ela perderá mais que ele, visto que o
sentimento que ele nutre por ela, outro homem, jamais, será capaz de sentir. E
ele poderá amar na mesma intensidade, a outra mulher.
E eu, amo poesia!
Sobre o autor:
Ernesto
Cardenal Martínez, Nasceu em Granada, Nicarágua, aos 20 de janeiro de 1925.
É
um poeta, sacerdote, teólogo, escritor, tradutor, escultor e político de fama
mundial. Por sua obra poética, tem merecido vários prêmios internacionais. É
reconhecido como um dos mais destacados defensores da teologia
da libertação na América Latina.
Estudou filosofia e letras no México e frequentou cursos de pós-graduação em
Nova York, Roma e Madri. Estudou teologia na Colômbia e foi ordenado sacerdote
em Manágua, em 1965.
Sua
poesia reflete seu radicalismo pessoal.
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Bjs