Resenha por Mara
Carvalho
Volume I
Autor:
Honoré de Balzac
1ª publicação:
1837
Editora:
Abril Coleções
Páginas:
565
Pontuação: 5/5
Resenha:
Honoré de
Balzac, escritor Francês, nasceu em 1799 e viveu por 51 anos. Foi um dos
fundadores da literatura realista. Sua principal obra foi “A comédia da
vida humana”, com quase 100 títulos, dentre eles o livro “Ilusões
Perdidas”. O autor utiliza-se de alguns mesmos personagens
Ilusões
Perdidas tem 2 volumes. O volume I é divido em 2 partes:
Primeira
parte: Os dois poetas;
Segunda
parte: Um grande homem de província em Paris.
O livro inicia
em 1793 com Séchard, em Angoulême, França, dono de uma tipografia. Séchard fica
viúvo e com um filho para criar, Daniel Séchard. Nesta primeira parte o autor
descreve a vida pacata do interior e como funciona uma tipografia. Daniel
Séchard passa a administrar e trabalhar na ultrapassada tipografia do pai, um
homem, avarento e ambicioso.
O
escritor não tem pressa e vai envolvendo aos poucos o leitor, expondo os
personagens que vão fazer parte da vida de Lucien Chardon, que é o personagem central
desta obra.
Alguns
personagens desta parte da obra: Daniel Séchard, Eve Chardon, Senhora Charlotte, Sra
de Bargeton, Sr. Chandour.
Lucien é
um jovem poeta de uma pequena cidade do interior que sonha em fazer sucesso e
pertencer a alta sociedade. Além do talento ele era um rapaz muito bonito. Ele
se apaixona por uma mulher casada, Sra. de Bargeton (Naiis).
Inicia-se
a segunda parte da história.
A Sra de
Bargeton, apaixonada por Lucien e por seu potencial artístico, utiliza-se de
sua influência para patrocinar o jovem poeta. Eles fogem para Paris.
Temendo
ser desprezado por sua origem humilde, Lucien se apresenta à sociedade como
Lucien de Rubempré, sobrenome da mãe, já que seu pai, de sobrenome Chardon, era
um simples boticário.
Em Paris
Lucien conhece outra vida até então desconhecida para ele. Abandonado à própria
sorte por Naiis, ele passa por dificuldades financeiras e conhece a verdadeira
face do preconceito, ambições,e o jogo de interesses da elite.
Depois de
não passar pelo crivo dos residentes parisienses Lucien conclui:
“Eis então meu reino”, “Eis o mundo que devo domar”.
“Meu Deus! Ouro a qualquer
preço!
“O ouro é a única potência
diante da qual este mundo ajoelha-se. Não!”
“Mas a glória, a glória é o
trabalho! O trabalho!...”
São
introduzidos vários personagens à história como: Du Châtelet, Marquesa d’Espard,
Daniel d’Arthez e os integrantes do Cenáculo e Coralie.
O autor aborda
também a falta de ética no jornalismo, profissão que Lucien passa a exercer.
Ao longo do romance várias
ilusões são perdidas, como sugere o título.
Enfim,
uma obra fantástica! Recomendo!
Boa
leitura!
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