Resenha
por Mara Carvalho
Autor: Maria José Dupré
Pulicação:1943
Editora: Ática
Páginas: 256
Pontuação: 5/5
Resenha:
Escrito por Maria José
Dupré, escritora brasileira, e publicado em 1943. Era a segunda obra da autora
e lhe rendeu o prêmio Raul Pompéia da Academia Brasileira de Letras, em 1944.
O livro é narrado por Lola, a matricarca da família. Ela relembra o passado, na década de vinte,
desde a infância dos filhos na Av. Angélica em São Paulo. Naquela época eram
ela, o marido Júlio Lemos e os 4 filhos: Carlos, Alfredo, Isabel e
Julinho. Daí o título do livro: Éramos seis.
O livro conta os vários
anos da vida difícil e pobre daquela família. O trabalho diário, a bebedeira do marido, o sacrifício dela fazendo bolos, doces e salgados para vender e ajudar na despesa da família. O cuidado da mãe que sempre fez com que os filhos valorizassem
e respeitassem o pai, mesmo sendo um pai que corrigia os filhos de forma grosseira,
áspera, e que descontava nos filhos e nela as suas frustrações.
A luta para dar uma boa educação
aos filhos também foi cuidadosamente relatado. Quando criança cada um sonhava
com um destino, Carlos queria ser médico, Alfredo mecânico, Isabel professora e
Julinho engenheiro.
Os gênios diferentes dos
filhos: o estudioso, o rebelde, a vaidosa e o econômico. As traquinagens, as
brigas, sonhos e conquistas de cada um foi contado pela mãe, que sempre foi muito
amorosa.
As férias em Itapetininga
na casa da mãe de Lola e a ajuda da irmã Clotilde.
A vizinha D. Genu,
figura intrigante, cheia de história e lealdade para com Lola.
Tia Emília, a tia rica.
Durante a história revoluções acontecem em 1924 e 1932.
Durante a história revoluções acontecem em 1924 e 1932.
E os filhos cresceram e o
trabalho continuou, e aquela mãe se desdobrando para ajudar cada filho.
O livro trata de forma
muito real os sentimentos da mãe, o sacrifício para tentar dar a cada filho o
que ele precisava. A preocupação com os estudos, o futuro.
Um livro tocante! Daqueles
livros que você lê e sente que realmente podia ter sido verdade, porque as
coisas são assim e a mãe nunca descansa para tentar dar uma vida melhor aos
filhos. Lindo!
O livro foi adaptado para televisão,
a novela foi gravada em 1977 pela rede Tupi e regravada em 1994 pelo SBT e em 2019 pela Rede Globo. Também foi base para um filme gravado na Argentina em 1945.
“Com o tempo, vamos aprendendo melhor os conflitos da vida; a
própria vida vai nos ensinando a viver melhor, a compreender melhor e a sentir
melhor. É a sabedoria da idade”
Gostei muito do romance, a
autora escreve de uma forma tão gostosa que parecia que eu estava lá dentro da casa
assistindo a todos os acontecimentos de pertinho. E eu virei fã desta mulher
forte e batalhadora que era a dona Lola. E virei fã da autora, que escreveu o livro maravilhosamente bem!
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Bjs