Resenha por João de Carvalho
Autor: Álvares de Azevedo
Ano de publicação: 1853
Publicado por várias
editoras
Apreciação:
5/5
Resenha:
Representante do romantismo atingiu seu ápice com uma
postura ultrarromântica, via expressão exacerbada pelo subjetivismo pessimista
que focalizava o amor e a morte. Refiro-me a Manoel
Antônio Álvares de Azevedo (1831 – 1852) que viveu apenas 21 anos.
Este livro em análise foi publicado após à morte do poeta,
ou seja em 1853. Foi ele um garotão escritor, que ocupou os livros didáticos da
literatura brasileira.
“Noite nas Tavernas”, por exemplo, é um conjunto de
narrativas fantásticas. Porém, sua obra mais conhecida é realmente “ Lira dos
vinte anos”. É uma obra que não apresenta personagens por ser um texto poético,
registrando apenas a projeção do Eu-lírico. O espaço da poesia é a subjetividade.
O tempo inexiste por causa das variações poéticas expressivas do Eu.
Os aspectos temáticos surgem com predominância da
infelicidade em relação às experiências amorosas, resultantes de sua robusta
fantasia e de seus sonhos.
Quanto aos recursos de linguagem usa constantemente de
metáforas, com intensa musicalidade de versos.
Em suma, Álvares de Azevedo agrada sempre à alma jovem,
porque jovem ele era, e na poesia encontrou o instrumento literário mais
adequado para se imortalizar no tempo e no espaço. Seus poemas mostram,
retratam a força de sua alma juvenil confinada no mundo dos sonhos e da
imaginação.
Na “ Lira dos vinte anos” há três partes relevantes: a
primeira e a terceira são marcadas pelo sentimentalismo típico dos
ultrarromânticos. Na segunda afloram o humor, a ironia e o sarcasmo.
Álvares de Azevedo foi um jovem apaixonado. Apesar
de distanciado no tempo, por ter vivido em outra época, sua alma vibra em suas
poesias encantando as gerações presentes.
Por isso, recomenda-se a leitura de toda sua produção
poética, especialmente esta que está em análise, àqueles leitores aficionados
da poesia romântica forte, somente.
Várias capas do livro, editoras diversas:
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