quinta-feira, 16 de maio de 2024

O TEMPO É UM RIO QUE CORRE

 Resenha por João de Carvalho

Título: O TEMPO É UM RIO QUE CORRE

Autora: Lya Luft

Editora: Record


Edição: 3ª

Ano:     2014

Páginas: 141

Pontuação: 5/5 

Apreciação: 

 

Lya Luft publicou seu primeiro romance As parceiras, em 1980, seguido por A asa esquerda do anjo (1981), Reunião de família (1982, Mulher no Palco (1984), O quarto fechado (1984), Exílio (1987), O lado fatal (1988), relançado em 2011, A sentinela (1994), O rio do meio (1996, Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Artes), Secreta mirada (1997), O ponto cego (1999), Histórias do Tempo (2000), Mar de dentro (2002), Perdas e ganhos (2003), Pensar é transgredir (2004) e, no mesmo ano, Histórias de Bruxa Boa, sua estreia na literatura infantil, tema que retomaria em 2007 com A volta da Bruxa boa. Em 2005, publicou  volume de poesias Para não dizer adeus e, em 2006, a reunião de crônicas, Em outras palavras. Em 2008 lançou o livro de contos O silêncio dos amantes. Em 2009, voltou à literatura infantil, publicando com o filho, o filósofo Eduardo Luft, Criança pensa, seguindo a linha de pensamento que busca estimular na infância e na adolescência a observação,  análise e o discernimento. Lançou em seguida os livros de ensaios Múltipla escolha (2010) e A riqueza do mundo (2011). E, em 2012, voltou ao romance com O tigre na sombra, vencedor do prêmio da Academia Brasileira de Letras em 2013.

 

“Neste irmão mais moço de O rio do meio e Perdas & ganhos, Lya Luft nos faz novamente cúmplices de seu olhar sempre atento sobre o tempo, as relações humanas, o valor da vida, a passagem do tempo – temas e inquietações que desde sempre povoam sua escrita.

 

Com uma voz íntima, às vezes lírica, falando diretamente ao leitor, a autora passeia por memórias, sonhos, personagens reais, angústias, amores, lutos, saudades, descobertas e reflexões sobre o fluxo da vida. Aqui, ‘nada é banal’.

 

A trança de outra garota, que um dia se tornaria sua mãe, achada num baú, retratos antigos que cristalizam o passado num presente eterno. Os movimentos implacáveis dos ponteiros, que não apontam apenas para os minutos e as horas, mas para o que fazemos deles e de nós mesmos, e tornam precioso cada instante da vida tantas vezes desperdiçada numa cultura da futilidade. Tudo passa e nada passa nessas águas que fluem, transformam e fazem crescer.”

 

Este livro é muito fácil de ler porque sendo muito subdividido em partes curtas o leitor não se cansa. Outro fato que chama muito atenção: são pequenas poesias intercaladas no final de cada capítulo. O roteiro contém apenas uma apresentação e três capítulos sugestivos e fáceis de ler, que são os seguintes: apresentação, Águas mansas, Maré alta e Embocadura do rio.

 

Enfim, a morte pode ser no barco atracado em areias macias, ou o rio desaguando num oceano acolhedor. Em suma, recomendo a leitura deste agradável livro.



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