terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

O DILEMA DO PORCO ESPINHO

 

Resenha por João de Carvalho

Título: O DILEMA DO PORCO ESPINHO

Autor: Leandro Karnal


Editora: Planeta do Brasil Ltda.

Edição: 4ª

Ano: 2018

Páginas: 192

Pontuação: 5/5  

Apreciação: 

Leandro Karnal é doutor em História Cultural pela Universidade de São Paulo e professor na Unicamp. Alguns de seus livros estão entre os mais vendidos como Crer ou não crer; O inferno somos nós; Todos contra todos; Diálogo de Culturas e O mundo como eu vejo. 

Na mídia televisiva, participa frequentemente de programas como o Jornal da Cultura, Saia Justa, Café Filosófico CPFL, entre outros. É colunista semanal no jornal O Estado de São Paulo e Zero Hora (RS). Tornou-se um grande influenciador digital: sua página no Facebook possui mais de 1,4 milhão de seguidores e cresce muito o seu novo canal no YouTube (Prazer Karnal). É um dos mais requisitados palestrantes do país”. 

Somos uma espécie de porco-espinho, pensava o filósofo Arthur Schopenhauer. Por quê? O frio do inverno (ou da solidão) nos castiga. Para buscar o calor do corpo alheio, ficamos próximos dos outros. Efeito inevitável do movimento: os espinhos nos perfuram e causam dor (e os nossos a eles). O incômodo nos afasta. Ficamos isolados novamente. O frio aumenta, e tentamos voltar ao convívio com o mesmo resultado. 

A metáfora do filósofo alemão trata do dilema humano; solitários, somos livres, porém passamos frio. A dois, ou em grupo as diferenças causam dores. Teríamos de achar uma distância segura, que trouxesse o calor necessário e evitasse o ataque. Qual a barreira mínima entre dois humanos espinhentos? Não existe uma resposta exata, e erramos com frequência no binômio só-acompanhado. Seria um problema de um filósofo carrancudo como Schopenhauer?” 

Enfim, Ele apresenta como a solidão é encarada no cinema, na literatura, na música, nas artes. Deus se revela aos solitários, em alguns casos. O autor escreve este livro como um ensaio pessoal, com uma introdução seguida de seis capítulos e uma profunda conclusão advertindo-nos: Solitários do Mundo afastai-vos”. 

O Livro prendeu minha atenção da primeira à última página, fazendo a diferença entre solidão e solitude, com dezenas de exemplos clássicos, especificamente literários.

Gostei muito, e, reli o Livro. Recomendo-o, como excelente opção de leitura!



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Bjs