Resenha por João de Carvalho
Título: Ecce Homo
Autor: Friedrich Nietzsche
Editora: Rideel
Edição: 1ª
Ano: 2005
Página: 127
Pontuação: 3/5
Apreciação:
Nietzsche (1844 -1900) nasceu em Rocken, próximo a Leipzig, na
Alemanha. Descendente de família protestante estudou na Universidade de Bonn,
concentrando-se mais na filologia (Ciência que estuda os textos literários para
estabelecer sua autenticidade e significação. É a linguística
histórica!). Seus últimos dez anos de vida foram particularmente
dramáticos. Grave doença fê-lo perder a sanidade mental. Morreu em Weimar a
capital da Alemanha, no dia 25 de Agosto de 1900”.
Sua Obra obedece três fases, segundo alguns estudiosos da filosofia contemporânea: pessimismo romântico, positivismo cético e período de reconstrução. Tudo se encontra na apresentação do livro em descrição rápida, que ora fazemos. Ele mesmo se definia assim: “Não sou um homem, sou uma dinamite”. É dele também esta expressão: “Quem vos fala é o primeiro niilista perfeito da Europa”. Ser “niilista” significa não crer em nenhuma verdade moral ou hierárquica de valores pré-estabelecidos. Na verdade ele defendia outros valores afirmativos da vida, capazes de expandir as energias latentes em nós. Em suma, Nietzsche concluiu que não existem as noções absolutas de bem e de mal. Para ele as concepções morais surgem com os homens a partir das necessidades deles, etc.
O livro “Ecce
Homo” (Eis o Homem) é uma referência à forma como Pôncio Pilatos se referiu a
Jesus Cristo, perante a multidão que aguardava sua sentença, publicada
postumamente em 1908. Suas Obras caracterizam uma grande crítica aos valores
ocidentais, oriundos da tradição platônica e cristã de nossa moral e filosofia.
O Sumário do
Livro compõe-se de 13 títulos, sendo o Prefácio escrito pelo próprio autor.
Destaco especialmente: Assim falou Zaratustra – Genealogia da Moral –
Crepúsculo os Ídolos – Por que sou um Destino?”
Em suma, Ecce
Homo é “Uma volta aos valores antropocêntricos greco-romanos e a completa
negação da moral cristã. São esses dois conceitos que baseiam a filosofia de
Friedrich Nietzsche, um dos mais polêmicos filósofos contemporâneos. Neste que
é seu último livro, Nietzsche traça sua autobiografia à luz da frustração que
vivia diante da pequena repercussão de seu trabalho e da doença que vinha
afetando sua sanidade mental” (Contracapa externa do Livro).
Para entendê-lo
é preciso conhecimento da filosofia existencial contemporânea. É um livro
agressivo: contra a fé, religião, moral, igreja, alma, pecado e Deus!
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