Resenha por João de Carvalho
Autora: Lya Luft
Editora: Siciliano
1ª edição 1980
Em ebook: Editora Record
páginas: 128
Pontuação: 5/5
Apreciação:
Lya Luft, 15.09.1938, casada com Celso Luft, depois Hélio
Pellegrini, depois com Celso Luft, vive plenamente seus 82 anos com toda a
intensidade de sua vida. Escritora de sucesso traz na bagagem intelectual a
autoria de vários livros, como: A Asa Esquerda do Anjo, Reunião de Família,
Perdas e Ganhos, O Tigre na Sombra, O Quarto Fechado, O Ponto Cego. Seu mais
conhecido é, entretanto, “As Parceiras”. Ela é mãe de três filhos.
- As
principais personagens são as seguintes:
1) Anelise é a
narradora. Após ter pedido a separação a Tiago, refugia-se no chalé em uma
cidadezinha de veraneio. Infelizmente perdeu-se na loucura. 2) Tiago,
o marido de Anelise. Era bom amigo e companheiro. 3) Adélia, amiga
inseparável de Anelise na infância. Era espírita e alegre. Um dia o mar a
levou. 4) Catarina, tinha 14 anos quando se casou. Refugiou-se no
sótão. Tornou-se uma louca mansa. Mãe de Sibila e Anã. 5) O avô, um
maníaco sexual. Ninguém gostava dele na família. Reclamava de tudo e andava
sempre com a barba por fazer. 6) As Tias: Dora, mulher escandalosa.
Era pintora e não teve filhos e Beatriz, a beata, foi uma viúva virgem.
Retornou ao casarão e tomou conta da mãe, de Sibila e de Anelise. 7) Norma,
a mãe de Anelise. Casou-se com um médico. 8) Sibila, tia de
Anelise, nasceu quando a mãe tinha 40 anos. Era anã. 9) Vânia, irmã
de Anelise, fora bonita e alegre. Casara-se mais cedo para se livrar da tia.
- A
história se passa todo o tempo na casa de praia de Anelise, a
protagonista. Madura, ela é uma mulher sofrida. Separada do marido, vivendo
sozinha no casarão da família, onde passara boa parte da sua infância. Ela vê,
todos os dias, uma mulher na beira do morro de onde desabara sua melhor amiga,
ainda criança. A matriarca, a avó, dominava a vida de todas
aquelas mulheres: os amores, as experiências matrimoniais, os
namoros, os desejos, os sonhos e a loucura.
- O
tema: a mulher é o grande tema deste livro porque dentro dele muita coisa
pode ser observada. O feminino seria uma colocação melhor para a verdadeira
temática do romance. Um feminino atuante na sociedade, preso ainda a correntes
do sonho e da desilusão. Toca, revela, mas não põe de maneira a
esgotar assuntos, concluir questões e fechar buscas.
- O
fato de contar histórias sobre uma mulher não faz de “As Parceiras” um
libelo feminista.
- “As
Parceiras” representa o primeiro passo na montagem de um painel ao mesmo
tempo particular e universal. Daí sua possível classificação como intimista.
- Sua
linguagem simples desfaz nós apertados demais, na elaboração das alegorias.
Suas histórias não querem convencer a ninguém de nada. São meros textos
narrativos. A literatura de Lya Luft aponta para a existência do ser humano
como um ponto de partida.
Enfim: a
autora é uma excelente escritora, superatual de notáveis romances ficcionistas.
Ela conta história das “Parceiras” em sete capítulos correspondentes aos dias
de uma semana.
- Baseei
estas informações, resumidas, no “Gabarito” de José Luiz Fourreaux da
Universidade do Estado do Rio Grande do Sul, ano 1992.
Boa Leitura!
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