Resenha
por João de Carvalho
Título: Quem Sou eu para julgar ?
Autor: Papa Francisco
Pulicação:2017
Editora: Leya, Rio de Janeiro, Casa da Palavra
Páginas: 222
Pontuação: 5/5
Resenha:
Papa Francisco é o jesuíta
argentino Jorge Mário Bergoglio, nascido em 1936. Conhecido por seu
posicionamento progressista, sempre apresenta uma visão teológica profundamente
reformadora.
Prega o perdão e a
tolerância como caminhos de cada um de nós e de todo o mundo, com harmonia.
Este livro tem uma
linguagem direta e simples, mas que toca o coração. Francisco nos coloca diante
do real valor da vida: nossa relação conosco, como outro, com Deus e com o
mundo.
É ele realmente um homem
de bem e do bem. Quer abraçar e abarcar o mundo inteiro com seu elástico e
grande coração de pai espiritual de todos os católicos e seguidores do mundo
inteiro. Ele é a América projetada no Mapa Mundi do amor a Cristo e ao próximo.
Dono de uma palavra fácil, simples, correta e inspirada porta à mensagem divina
com Sabedoria e Santidade.
Em tempos de intolerância,
de valorização de uma cultura do descarte, o Papa traz “a mensagem da harmonia,
da aceitação, do encontro e do diálogo – se há uma palavra que devemos repetir,
disse ele, até nos cansarmos é esta: diálogo. Somos convidados a promover uma
cultura do diálogo, procurando por todos os meios abrir instâncias para que
isto seja possível e que nos permita reconstruir a estrutura social”. Palavras
mágicas de um pastor que deseja recolher todas as ovelhas (homens, mulheres e
crianças) ao seu redil, sempre sob a aguçada e atenta vista, que proteja o seu
rebanho, indo atrás da ovelha desgarrada, sujeita à ferocidade de lobos
rapaces. Vai e vem com ela, sobre os próprios ombros amigos e protetores.
Conta-as quando chega e as alimenta imediatamente.
Querido por muitos,
inclusive não cristãos, o Papa Francisco é uma voz de amor e união no mundo. Um
mundo em turbulência, contestador, rixendo, violento, sagaz, perigoso e cada
vez mais difícil de ser compreendido.
No sumário deste precioso
livro deparamo-nos com 4 partes de muita sabedoria, recolhida no seu
“pastoreio-mor” e na sua alta e habilidosa visão de pai, mestre e pastor:
I parte: Não julguem para
não serem julgados;
II parte: Todos somos
frágeis;
III parte: Julgar o pecado
e não o pecador;
IV parte: O Juízo da
História sobre a história.
Enfim, ele, com toda
lucidez e conhecimento, relembra um escritor latino-americano que dizia que
nós, homens, temos dois olhos, um de carne e um de vidro. Com aquele vemos
aquilo que olhamos. Com este vemos aquilo que sonhamos.
Um jovem que não é capaz
de sonhar está confinado em si mesmo, está fechado em si mesmo. E, usando sua
habilidade argentina, continua, “Não crie rugas, não envelheça, não desista, abra-se
e sonhe”.
Neste livro o Papa nos
chama à prática da compreensão, nos convida a amar o diferente, o outro, SEM
julgamentos. E, que sigamos com Ele na construção de tempos melhores, mais
atualizados dentro das normas canônicas vigentes.
Recomendo para todos a
leitura deste valioso livro.
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