Resenha por João de
Carvalho
Autor: Castro Alves
Editora: Martin Claret
Ano: (escrito em 1870)
Edição: 2005
Páginas: 188
Pontuação: 5/5
Resenha:
Antônio de Castro Alves (1847-1871),
viveu 24 anos, filho de pai médico e mãe de talento musical. Aos 13 anos tomava
parte nos saraus literários. Semeava, na visão de Ebion de Lima, nos jornais,
os seus versos, fazendo muitas vezes delirar o público. Este monumento humano
jovem foi destruído pela tuberculose, também vítima de um acidente: o disparo
de uma arma no seu pé.
a) Épica
– seus poemas foram comparados como “um incêndio em marcha”.
b) Lírica – suas poesias são
voluptuosas, sua alma uma flor. Seu estilo, predileto dos moços, sendo sua
poesia recoberta de grande brilho, plena de antíteses e apóstrofes. A linguagem
moderna poderia qualificá-lo como “um poeta atômico”, tal a sua força
expressiva.
b) Na
prosa, escreveu o drama: “Gonzaga” ou “A Revolução de Minas”. Na poesia, é
notável “O Navio Negreiro”.
Neste livro, Espumas Flutuantes, o
poeta fez de sua lírica e sensibilidade uma arma contra as injustiças sociais.
Era ele defensor do Condoreirismo (a vertente social da poesia romântica) e
consequentemente da poesia com engajamento social. Seus versos passaram a
representar a voz dos oprimidos de seu tempo: os escravos! Além de apoiar a
independência da Pátria”. Eis, os versos em que apostrofa a Deus: - “Deus, onde
estás que não respondes? Em que mundo, em qu’estrela tu t’escondes?”
Neste livro destacamos os poemas: - “O
livro e a América, Os três amores, O vôo do gênio, Adormecida, Onde estás, O
coração, As duas flores, Os perfumes, A uma atriz, Canção do boêmio, Quando eu
morrer, É tarde, As trevas, Dalila, O coração, À uma estrangeira, Boa noite, As
duas ilhas ”.
“Como as espumas flutuantes
levam, boiando nas solidões marinhas, a lágrima saudosa do marujo, possam elas
levar uma lembrança de mim às nossas plagas.” - Para avaliá-lo é preciso ler
“Espumas Flutuantes”, com 54 poemas deste poeta cuja “alma era ao mesmo tempo
uma flama e uma flor”. A glória o perseguia, nem ele a desdenhava!
Recomendo a leitura desta obra, publicada
em 1870, que traz a data de cada poema. “Sua inspiração e compulsão para a
poesia eram de total genialidade”.
Boa leitura!
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