BOM CRIOULO

Resenha por João de Carvalho

Título: Bom Crioulo

Autor: Adolfo Caminha

Editora: Ano: 2010 - UFMG

Páginas: 47

Editora Martin Claret

Páginas:162

Apreciação: 4/5

Resenha :

Neste livro Adolfo Caminha (autor da obra), ex-oficial da Armada, trata do namoro entre dois marinheiros utilizando vasta soma de informação obtida a partir de Sodomia, excepcionalmente no Exército; ainda sentindo-se afrontada pelo romance, em 1937, a Marinha solicitou e obteve do presidente Getúlio Vargas, o embargo de sua reedição. Só em 1956 foi posta à venda. E houve também as edições seguintes em 1966, 1970, 1991 e 1997.

O Bom Crioulo é um marco pioneiro na literatura de ficção da temática homossexual (entre Amaro e Aleixo).

Hoje, a Legislação está superatualizada, aceitando o casamento entre pessoas do mesmo sexo. São inúmeros os casos constantes de nossos Cartórios Civis e/ou praticados por várias igrejas. Há, entretanto, repulsa por muitas outras. A vida é assim, sempre feita por atos que surgem na sociedade sempre em busca de uma legislação consentânea com o seu tempo. É impossível fugir da realidade. Os fatos estão aí na sociedade sempre batendo à porta da Justiça para que ela analise, decida e julgue com a competência que lhe é atribuída pelo povo enquanto representado pelos seus legítimos três poderes nacionais: Legislativo, Executivo e Judiciário.

A palavra “homossexual” foi cunhada em 1869 pelo médico húngaro Karoly Benkert; o grande escritor Oscar Wilde (1854/1900) descreveu-a como “o amor que não ousa dizer o nome”. Mas isto, hoje, está ultrapassado, pelo Direito, pela Lei, pela Constituição, pela Jurisprudência.

É uma Leitura de conteúdo contemporâneo, que pode ser lido por esta geração universitária, que convive com “a dissolução da família, o concubinato, o amor livre e outras formas de vivência social”. É um romance de doze capítulos, cheio de jargões populares.

Boa leitura!