O MÉDICO E O MONSTRO

                                     Resenha por João de Carvalho

Título: O Médico e o Monstro

Autor: Robert Louis Stevenson

Editora: L&PM Pocket

Ano: 2002

Páginas: 112 

Apreciação: 4/5

Resenha:

Este escocês nasceu em 1850, em Edimburgo. A babá que trabalhava em sua casa contava-lhe estórias horripilantes, traumatizando-o desde a sua meninice. Teve uma vida bastante sombria. Seu pai chegou a pensar em deserdá-lo, como indignação contra as atitudes do filho. Entretanto, seus dons de escritor cresciam, sendo até apelidado de o contador de histórias. “O Médico e o Monstro” é resultado de um sonho, ou melhor, de um pesadelo. É sua obra principal. 

Os personagens Jekyll e Hyde eram almas gêmeas, aquele tinha bons modos, este era um assassino. Mas, eles eram uma única pessoa. A interpretação oficial de O Médico e o Monstro é puramente alegórica, sem vinculação imediata do autor.

Hyde, numa rua suspeita, mata a bengaladas um dos homens mais respeitados de Londres, havendo testemunhas do fato, identificando como sendo Jekyll o autor. Mas, como eliminá-los? O Médico e o Monstro tendo sido concebido, surgido de um sonho, era curto, completo e compacto.

Este livro serviu de base para vários trabalhos científicos sobre o problema da dupla personalidade. A reputação do autor cresceu, como escritor. Este livro foi parar no cinema, com a realização de um filme com o mesmo nome. Talvez, via cenas cinematográficas, seja mais interessante conhecer o conteúdo do livro, embora menos proveitoso ao leitor que gosta quase sempre, de contato com o original através da escrita.

Mesmo não sendo este o gênero que eu aprecio, entretanto, há muitas pessoas que se deleitam com as extravagâncias realizadas por “Jekyll e Hyde, que apesar de muito diferentes entre si, tinham algo tão forte em comum que até insistiram em ser enterrados juntos:

Eles eram a mesma pessoa”, comenta Ruy Castro no livro “As Obras-Primas Que Poucos Leram”. – Leitura somente para quem aprecia este gênero.

Boa leitura!